quarta-feira, 13 de março de 2013

Na Rússia cresce o número de anomalias naturais

Na Rússia cresce o número de anomalias naturais
RIA Novosti

O ano de 2012 foi um ano recorde quanto ao número de calamidades naturais que afetaram a Rússia. A tal conclusão chegaram os especialistas do Comitê Meteorológico Nacional depois de processarem os dados relativos a observações de muitos anos.

Em face 2011, foi registrado um aumento de 30%. No entanto, os peritos não vêem motivos para entrar em pânico, apontando a necessidade de tomar "medidas oportunas e adequadas".

No ano passado, foram registrados 469 casos de fenômenos anormais que resultaram na morte de quase 200 pessoas. Com isso, o dano material causado à economia nacional se estima em 6,5 mil milhões de dólares. Em 2011, o número de cataclismos foi muito mais reduzido – um pouco mais de 300. A história de observações meteorológicas não conhece tais "saltos" e oscilações bruscas, constata Alexander Golubev, contatado pela emissora Voz da Rússia.

"Pode-se dizer que tal crescimento brusco se deve aos fenômenos locais como aguaceiros, tempestades, quedas de granizo, cheias, chuvas torrenciais e deslizamentos de terras. Daí, um aumento de anomalias em 30%. As intempéries ocorrem, sobretudo, na época de verão quente quando se formam as nuvens densas designadas de cumulus. Por isso, nas zonas de passagem de frentes atmosféricas podem surgir fenômenos perigosos."

No ano passado, a seca afetou também a safra, que foi 25% menor em relação ao ano anterior. Em 20 regiões, por causa do calor, foi decretado o estado de emergência. Foi registrada ainda a maior, nos últimos 10 anos, área de incêndios florestais. Estes últimos, segundo especialistas, a par de furacões e inundações, fazem parte de trio das calamidades naturais mais perigosas:

"Os incêndios florestais são fregistrados todos os anos. No período de primavera ocorre a inflamação espontânea de árvores mortas e secas e o fogo, não raro, se alastra pela floresta. Neste caso, os focos de incêndios podem ser detectados por satélites de monitoramento que transmitem respectivas informações para o Ministério das Situações de Emergência. Tal enorme trabalho requer elevados esforços que, lamentavelmente, nem sempre dão certo."

As calamidades naturais têm afetado também a Europa, na qual se registraram numerosos incêndios e os EUA, que foram assolados por tornados destruidores. Chuvas torrenciais provocando avalanches de lodo caíram ainda em várias províncias chinesas. O nosso perito prosseguir o comentário:

"O fenômeno se deve à intensificação de ciclones tropicais do Oceano Pacífico que se deslocam rumo ao norte e ao litoral da China, provocando por ai e no Extremo Oriente da Rússia vários problemas. Neste inverno os ciclones ativos causaram um elevado número tempestades de neve e precipitações."

Perante tal cenário, o Centro Meteorológico Nacional dispõe-se a elevar a eficácia das previsões através do aperfeiçoamento da rede de satélites, estações de observação e radares. Este ano pode trazer novas surpresas. Uma dessas chegou já do espaço cósmico, tendo a queda de um meteorito na região dos Urais causado acaloradas polémicas na mídia sobre a sua origem e conseqüências.

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