quarta-feira, 24 de junho de 2015

Nasa pretende lançar bombas nucleares no espaço para defender a Terra contra asteróides


A agência espacial NASA e a Administração Nacional de Segurança Nuclear anunciaram que estão trabalhando em conjunto sobre a possibilidade de destruir asteróides perigosos usando armas nucleares. A carga nuclear poderia ser transportada por um foguete.

“Muitas vezes, essas agências se concentram em suas próprias peças do quebra-cabeça, então qualquer coisa que façam elas se unirem, é benéfico“, opinou Bruce Betts, director de ciência e tecnologia da Sociedade Planetária, nos EUA.

Os cientistas acreditam que existem cerca de um milhão de asteróides próximos da Terra que poderiam representar uma ameaça ao nosso planeta, mas apenas uma pequena fracção foi detectada até então.

A prova dramática de que qualquer um destes corpos podem atingir a Terra aconteceu em 15 de Fevereiro do ano passado, quando um objecto desconhecido atingiu Chelyabinsk, na Rússia, com a energia de 20 a 30 vezes da bomba atómica de Hiroshima.

A onda de choque resultante causou danos generalizados e ferimentos, tornando-se o maior objecto natural conhecido a entrar na atmosfera, desde o evento de Tunguska, em 1908, que destruiu uma área de floresta da Sibéria.

Usar armas nucleares para explodir asteróides pode funcionar particularmente bem em asteróides e cometas médios, entre cerca de 50 e 150 metros de diâmetro. Alguns especialistas, no entanto, afirmam que os fragmentos de rocha resultantes poderiam piorar a situação, e que desviar um asteróide seria uma solução mais adequada.

Explodir um asteróide com armas nucleares já foi proposto no passado. Em 2014, uma equipe de Iowa esboçou uma visão semelhante em uma conferência da NASA, dizendo que seria necessário apenas uma semana de aviso prévio para desenvolver o sistema. Chamado de Hypervelocity Asteroid Intercept Vehicle, ou HAIV, a embarcação iria encontrar-se com um asteróide no espaço profundo.

O HAIV seria composto por uma nave espacial líder, que atingiria o cometa, causando uma cratera no objecto. Cerca de um milésimo de segundo depois, uma nave espacial, carregando explosivos nucleares, teria atingido o interior da cratera, aumentando sua eficácia em até 20 vezes.

Ao longo das últimas duas décadas, a NASA tem procurado asteróides perigosos próximos da Terra, com mais de 1 quilometro de diâmetro, e afirma ter detectado 98% deles. Mas os sistemas de detecção de asteróides existentes podem rastrear apenas um por cento dos objectos estimados que orbitam o Sol, segundo a empresa de mineração de asteróides, Planetary Resources, que é uma parceira da NASA no projecto.





Fonte: DailyMail

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