segunda-feira, 30 de novembro de 2015

Jeans “tecnológicos” pensados por um português no MIT

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A tecnologia adaptada ao que veste. Não, não é vestir a tecnologia, é o que veste, a sua roupa, ter tecnologia para que seja funcional. Foi no criar funcionalidade que Miguel Carvalho, professor de Engenharia Têxtil na Universidade do Minho, desenvolveu um produto no MIT (Massachusetts Institute of Technology).

Está online desde o dia 25 de Novembro no Kickstarter uma campanha se propõe reinventar as calças de ganga. A marca criada chama-se FYT Jeans e ambiciona conquistar, num mês, um mínimo de 30 mil euros para financiar o arranque da produção destinada à Europa e aos EUA. Vamos conhecer este projecto muito interessante.

A tecnologia, tal como a conhecemos, produz benefícios em vários modos, escalas e métodos. Estudar o comportamento das pessoas, pensar que actualmente é inconcebível as pessoas terem de se adaptar ao que vestem, em vez do que vestem se adaptar às pessoas moveu algumas mentes. Assim nasceu o projecto FYT Jeans.

Miguel Carvalho, investigador e professor de Engenharia Têxtil na Universidade do Minho, explica as suas motivações:

Usamos calças de ganga há mais de um século e elas conseguem ser confortáveis e sexy – mas só se estivermos de pé. Ora, o nosso estilo de vida actual faz-nos estar sentados, em média, mais de nove horas por dia, seja no carro, a comer ou ao computador. E quando não estamos sentados, precisamos de nos mexer, dobrar, baixar. Ao fazê-lo, a maioria dos jeans acumula tensão em pontos de inflexão, como as ancas e os joelhos, o que causa má circulação, fadiga muscular e dor. O formato e volume do nosso corpo mudam com o movimento mas a roupa que usamos não está desenhada para se adaptar.

Mas como apareceu a oportunidade deste projecto?

Foi em 2011, quando Miguel Carvalho se tornou professor convidado no MIT, nos EUA, que conheceu Elazer Edelman, médico cardiologista, director de Centro de Engenharia Biomédica do MIT e director do Centro de Ciências da Saúde e Tecnologia da Harvard Medical School. Juntos, passaram os anos seguintes nos laboratórios científicos destas reputadas universidades a estudar engenharia têxtil e anatomia.


Usaram scanners 3D, imagens termográficas e sensores termodinâmicos para medir tensão, pressão e temperatura com diferentes posições do corpo. A partir desta informação, desenvolveram umas calças de ganga que reduzem até 90% a compressão e minimizam a concentração localizada de temperatura e pressão.

Os FYT Jeans adaptam-se perfeitamente aos movimentos e características de cada corpo, sendo totalmente confortáveis sem sacrificar o estilo.

Resume Miguel Carvalho.

Após vários protótipos, na busca da optimização de materiais e do design, foram já registadas patentes para o design final dos FYT Jeans, com modelos para homem e mulher, na Europa e nos EUA.


Neste como refere Miguel Carvalho, a equipa está focada em angariar financiamentos no Kickstarter para começar a produção. Só na Europa, cerca de 400 milhões de pares deste ícone da moda são vendidos todos os anos. Cada adulto tem, em média, cinco pares de jeans. As oportunidades são imensas.

Apesar da startup estar sediada em Cambridge, a produção será feita em Portugal. Os fundadores esperam começar a fazer entregas gratuitas na Europa e nos EUA antes do fim do ano.


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