Os testes do Facebook são atraentes e tornam-se, com frequência, virais. Não é à toa: os mais divertidos realmente conseguem suscitar a curiosidade da pessoa. Só que nem sempre é uma boa ideia fazê-los. O motivo? Muitos deles são profundamente invasivos e permitem acesso ilimitado aos dados do utilizador.
O exemplo mais recente é um teste que faz uma nuvem de palavras baseado nos termos mais usados pelo utilizador ao longo do ano. Interessante, não? O teste ganhou popularidade em todo o mundo.
No entanto, a empresa Comparitech decidiu observar os dados aos quais os responsáveis pelo teste estavam a ter acesso, e isso inclui: nome, data de nascimento, cidade, detalhes da sua educação, tudo que a pessoa já gostou e publicou, fotos publicadas e fotos em que o utilizador está marcado, qual o navegador que usa, a sua língua, endereço de IP e a sua lista de amigos.
O Facebook instaurou há algum tempo um recurso que permite filtrar quais os dados que o utilizador fornece a aplicações como esta. Alguns serviços aceitam a quantidade reduzida de informação, mas não é o caso deste teste das palavras mais usadas. Se o utilizador decide não dar acesso ilimitado, o teste não funciona.
A empresa por trás do teste chama-se Vonvon.me, que tem algumas políticas de privacidade bastante “nebulosas”. Elas preveem que, mesmo que o utilizador encerre a sua conta, a empresa tem o direito de continuar a guardar e a usar as suas informações, armazenando-as em qualquer servidor espalhado pelo mundo. O texto no documento dá a entender que a empresa também pode vender esses dados, mas a Vonvon.me nega.
Agora fica por sua conta: vale a pena ceder tantas informações em nome de uma brincadeira no Facebook?
Fonte: DD
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