Um documentário sobre a memória humana que estreia na quarta-feira reúne uma série de entrevistas com cientistas e pessoas com memórias excepcionais.
«Memory Hackers», da PBS, sugere que os peritos estão a descobrir modos de editar memórias de que nos queremos livrar, ou pelo menos eliminar a dor associada a essas recordações.
Segundo a produção, a memória não é apenas uma espécie de dispositivo de playback de recordações, mas algo muito mais interpretativo.
«Durante a maior parte da História humana, a memória foi vista como um tipo de gravador que regista fielmente informação, e reproduz essa informação intacta», dizem os intervenientes.
«Mas agora, os investigadores estão a descobrir que a memória é muito mais maleável, sempre a escrever-se e a reescrever-se, não só por nós, mas também pelos outros».
«A questão é: estaremos preparados?».
No programa poderemos acompanhar, por exemplo, o caso do jovem Jake Hausler, que aos 12 anos foi a pessoa mais nova a ser diagnosticada com Highly Superior Autobiographical Memory (Memória Autobiográfica Altamente Superior). Jake lembra-se de quase tudo o que viveu desde os oito anos.
«Muitos dos aspectos negativos que consideramos sobre a memória, como esquecermo-nos das coisas, ou as falsas recordações, são um produto secundário do sistema. [A memória] não está desenhada para ser perfeita, então as pessoas não devem esperar isso dela», afirmou o realizador, Michael Bicks, ao FastCocreate.
O documentário explica que várias perturbações, como as dependências ou as fobias, podem ser tratadas radicalmente, à luz das novas descobertas.
Os cientistas já conseguem actualmente manipular, com recurso a laser, as memórias de um rato em laboratório.
O «Memory Hackers» estreia na quarta-feira nos EUA.
Fonte: DD
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