Será o regresso dos dirigíveis? Em Inglaterra ultima-se o Airlander, o maior objeto voador do mundo. É um helicóptero, um avião e um zepelín.
Chama-se Airlander e é a maior aeronave do mundo. Mas o seu formato é bem diferente daquele a que as fabricantes de aviões nos habituaram. Entre um avião, um helicóptero ou até mesmo um dirigível, o Airlander tem sido notícia por todo o mundo pela sua figura estranha. Mas como é este avião?
Em primeiro lugar, é um avião de carga, tem 92 metros de comprimento – mais 18 metros do que os gigantes das fabricantes Airbus, o A380, e da Boeing (747-8) -, 20 mil quilos, 6100 metros de altitude e atinge 148 quilómetros por hora. Ao todo conta com quatro motores e pode voar ininterruptamente por cinco dias. Também anda sobre a água.
A maior particularidade desta aeronave é que não precisa de uma pista de descolagem ou aterragem e pode ser operado por uma tripulação de não mais de duas pessoas. É por isso que se acredita que poderão ser bons veículos para transportar itens em zonas onde não há aeroportos.
A sua fabricante – Hybrid Air Vehicles – acredita ainda que é 70% mais ecológico do que um avião normal de carga. O desenho, inclusivamente, teve por base rascunhos militares, e promete trazer para a vida real uma nova geração de aeronaves silenciosas, energeticamente eficientes e sem impacto para o meio ambiente.
É o projeto mais ambicioso da fabricante inglesa que recebeu um empréstimo do governo britânico de 4,8 milhões de euros e outro de 2,7 milhões da União Europeia para avançar com o plano.
A descolagem prevista para Cardington também está repleta de história. É que foi aqui que se fabricou o primeiro zepelín, em 1918. Como a Hybrid Air Vehicles pretende fabricar, em 2021, dez Airlanders por ano, o Hangar 1 poderá voltar a ter o peso que já esteve, tornando-se novamente uma base o fabrico de aviões.
Mas, da mesma maneira que a História lança um enorme optimismo em torno deste equipamento, também confere algumas reticências entre os especialistas do setor. É que na indústria ainda se recorda o desastre de 1937 quando um zepelín tentava aterrar em New Jersey, nos EUA, e se incendiou e despenhou.
O desastre de Hindenburg matou os zepelíns. Estará o mundo preparado para o regresso dos dirigíveis?
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