segunda-feira, 7 de março de 2016

Cientistas dizem que dejectos podem tornar-se em combustível para os nossos carros

Cientistas dizem que dejectos podem tornar-se em combustível para os nossos carros

Esqueça os híbridos, veículos eléctricos e carros movidos a hidrogénio. Cientistas da Universidade da Califórnia (UCLA), Los Angeles, querem que os seus dejectos sejam usados para abastecer os carros do futuro.

Os EUA produzem um monte de esterco todos os anos: mais de mil milhões de toneladas. Todo este resíduo está a aumentar as emissões de gases com efeito estufa na atmosfera, segundo David Wernick, estudante da UCLA.

Por essa razão, ele e os seus colegas estão a tentar usar os dejectos para produzir novas formas de biocombustíveis. «Estamos a trabalhar com tudo, como restos de agricultura, resíduos da cidade como esgoto, vegetais, celulose e até dióxido carbono retirado da atmosfera», disse Wernick num vídeo sobre a sua pesquisa.

Quando se fala de combustíveis líquidos, o mercado é dominado por gasolina e gasóleo - todos componentes com hidrocarbonetos provenientes de petróleo bruto. E há uma importante razão para que isso aconteça; são baratos, abundantes (por enquanto) e altamente densos em energia. De modo geral, quanto maior for a densidade de energia do seu combustível, melhor será, pois significa que pode transportar e armazenar muito mais energia com o mesmo volume. Eles também têm altas taxas de eficiência energética.

Para constar, biocombustíveis, como o etanol derivado do milho, ainda não conseguem competir com os combustíveis fósseis líquidos.

Além disso, o etanol corrói tubulações de metal, e ainda não é compatível com a infraestrutura existente. Precisa de modificações especiais para fazer o seu carro aceitar esse tipo de combustível ou biocombustíveis similares.

Wernick e a equipa da UCLA acreditam que podem levar os biocombustíveis a um novo patamar. A ideia é modificar bactérias para serem mais eficientes na quebra de proteínas nos excrementos humanos, assim com outros dejectos ricos em proteína, como água obtida em estações de tratamento e todos os produtos do processo de fermentação do vinho, etanol e cerveja.

«A maioria desses organismos não consomem proteína para convertê-la num produto», explica Wernick. «Eles encontram proteína no ambiente e utilizam-na para crescer.» A sua bactéria modificada usará algumas proteínas para produzir biocombustível feito com excrementos - sem a necessidade de interferência de tecnologia automotiva: «Poderá colocar o combustível directamente no carro e funcionará.»



Fonte: DD

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