quinta-feira, 3 de março de 2016

Descoberta galáxia mais distante já vista

Descoberta galáxia mais distante já vista

Astrónomos da Universidade de Yale encontraram a galáxia mais distante já descoberta e descrita pelos seus descobridores como «surpreendentemente brilhante», a galáxia é designada de GN-z11 e está a 13,4 mil milhões de anos-luz da Terra, na direção da constelação da Ursa Maior.

Os resultados da descoberta estão na última edição da revista científica Astrophysical Journal.

A descoberta só foi possível graças às potencialidades dos telescópios espaciais Hubble e Spitzer, da Nasa.

A equipa internacional de investigadores envolvidos na pesquisa, do Space Telescope Science Institute, Universidade da Califórnia-Santa Cruz e Universidade de Yale, afirma que a GN-z11 é 25 vezes menor do que a Via Láctea em tamanho e tem apenas 1% da massa da nossa galáxia em estrelas.

Já que observar o brilho dos astros é como voltar ao passado, a descoberta tem permitido aos cientistas estudar um período de «apenas» 400 milhões de anos após o Big Bang.

«Nós vimos a galáxia num momento em que o universo tinha apenas 3% da sua idade actual, muito perto do final da chamada Idade das Trevas do Universo», afirma Pascal Oesch, da Universidade de Yale, líder da investigação.

Antes, uma galáxia de 13,1mil milhões de anos-luz já tinha sido observada por astrónomos.
O coautor do estudo Garth Illingworth, da Universidade da Califórnia-Santa Cruz, disse que os resultados revelam pistas sobre a natureza do início do universo. «É surpreendente que uma galáxia tão grande tenha apenas 200 a 300 milhões de anos, contanto a partir das primeiras estrelas que começaram a formar-se», disse Illingworth.

Segundo Pieter van Dokkum, presidente do Departamento de Astronomia de Yale, coautor do estudo, a descoberta desta galáxia, a uma distância tão grande, desafia alguns dos modelos teóricos actuais para o acúmulo de galáxias.

«Agora, é necessário um conjunto maior de dados para saber se era comum galáxias como esta surgirem tão cedo na história do Universo», afirma.

Oesch disse que os resultados fornecem uma visualização tentadora das observações que o Telescópio Espacial James Webb, que será lançado pela NASA em 2018, poderá desempenhar. «O Hubble e o Spitzer já estão a chegar em território Webb», afirma.

Fonte: DD

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