Astrónomos russos descobriram uma estrela na constelação de Leo Minor que a cada 70 anos reduz a sua luminosidade em 100 vezes, ao ser eclipsada por um misterioso e gigante corpo astral que gira na sua órbita, revelou esta quarta-feira a Universidade Lomonosov de Moscovo.
«Trata-se de um sistema mais do que misterioso, já que vemos um eclipse total. Significa que o corpo que ofusca a estrela é um gigante», explicou o professor da Lomonosov, Vladimir Lipunov, citado pela agência russa TASS.
O gigante não parece um dos anéis de fragmentos que costumam girar ao redor dos astros, «nem pode ser outra estrela», acrescentou o cientista.
«Se a luminosidade de uma estrela acompanhante fosse 100 vezes inferior», argumentou Lipunov, «tratar-se-ia de uma estrela de massa reduzida. Mas uma estrela assim não poderia ter um tamanho superior à da sua acompanhante de maior massa.»
Ao mesmo tempo, se a estrela acompanhante fosse menor que a principal, não poderia ofuscá-la.
Após a descoberta de que a estrela TYC 2505-672-1 reduz a sua luminosidade, os cientistas comprovaram que o fenómeno já foi observado entre os anos de 1942 e 1945.
O período de variabilidade dessa estrela - classificada como variável por experimentar mudanças periódicas no seu brilho - é de 69 anos, o maior dos observados até agora.
Até esta descoberta, o astro com o maior intervalo de ofuscamento, de 27 anos, era Almaaz, na constelação de Auriga.
«O que liga essas duas estrelas é que nos dois casos não se tem a mínima ideia por que mudam de brilho», concluiu Lipunov.
Fonte: DD
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