terça-feira, 3 de maio de 2016

Só este computador com 20 anos consegue afinar um McLaren F1

O site especializado Jalopnik viu (e fotografou) o computador com 20 anos usado para afinar os McLaren F1   PATRICK GOSLING / JALOPNIK
Um dos carros mais valiosos do mundo só pode ser ligado a um Compaq LTE 5280 do início dos anos 90

É um dos supercarros mais famosos (e valiosos) alguma vez produzidos, mas depende de uma tecnologia tão ultrapassada que só se pode ligar a um computador com 20 anos para ser afinado.

A aparente contradição foi assinalada pelo blogue de entusiastas de automóvel Jalopnik, que visitou as instalações da McLaren onde estava a ser afinado um destes F1. Para o fazer, os técnicos têm de ligar o automóvel a um (bem) velhinho portátl Compaq LTE 5280, dos anos 90, que inclui uma porta CA e usa sistema operativo DOS. É a única ligação informática admitida por este automóvel, que tem um valor estimado superior a 10 milhões de euros.
Um McLaren F1 em circulação  MCLAREN

Quando a McLaren criou o F1 - construiu 106 modelos, dos quais 100 ainda estão em circulação - a década de 90 mal tinha começado e ainda não tinham inventado "modernices" como ligações USB ou Firewire.

O construtor britânico optou então por usar uma porta CA - sigla para Conditional Access - como parte de um sistema próprio de segurança para a ligação ao "coração" digital do automóvel.

O problema é que, ainda que os carros continuem a circular (com excepções - o ator Rowan Atkinson, o famoso Mr. Bean, destruiu um num acidente) e, como tal, a precisar de revisões periódicas, os computadores portáteis necessários vão ficando cada vez mais obsoletos.

Fonte da McLaren assegurou ao referido blogue que os técnicos estão atualmente a "trabalhar num novo interface que seja compatível com os computadores portáteis modernos". O que é seguramente uma boa notícia para os felizardos proprietários destes automóveis.

Mesmo com 20 anos de idade, o McLaren F1 permanece um supercarro excecional: motor V12 com 630 cavalos, corpo em fibra de carbono e kevlar, ligações elétricas em ouro e um pormenor de concepção quase único num carro de estrada - o condutor (melhor dizendo, o piloto) senta-se numa posição central, com os dois passageiros um de cada lado, recuados. Obtém-se assim a posição de condução perfeita.

Interior do F1, em que o condutor se senta ao centro, posição de pilotagem perfeita  MCLAREN

Se ficou interessado, saiba que a McLaren anunciou no dia 29 quetinha um destes modelos (n.º 069) para vender. Se tiver uns 10 milhões de euros a arder-lhe no bolso pode ver se ainda estará disponível...

Fonte: DN

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