quinta-feira, 30 de junho de 2016

Inteligência artificial da Força Aérea americana é piloto "invencível"


Programa projetado como simulador para treinos pode transformar-se no piloto ideal, já que o cansaço jamais o abala e a sua adaptabilidade é permanente

ALPHA é o programa de realidade virtual que consecutivamente tem derrotado os pilotos (humanos) da Força Aérea dos Estados Unidos. Financiado pelos fundos militares norte-americanos, o simulador de treino tem não só a capacidade de aprender com cada nova escolha do rival como também se distingue pela leveza da sua performance.

"É a mais agressiva, sensível, dinâmica e credível ferramenta de realidade virtual até à data [criada]", comenta Gene Lee, coronel reformado das Forças aéreas e ex-instrutor de combate aéreo, depois de ter experimentado o novo equipamento.

Durante a simulação em que Lee participou, o coronel não foi capaz de garantir nem uma baixa contra o programa, o que, segundo o The Verge, representa uma melhoria significativa neste tipo de instrumento de treino. Até agora, os rivais "virtualmente reais não conseguiam manter o ritmo de um cenário de combate", confirma o coronel, elogiando a inovação.

O ALPHA simula uma luta de longo alcance, isto é, uma batalha tática em que a aeronave inimiga está demasiado distante para ser vista a olho nu e em que é impossível abatê-la com mísseis.

Lee e ALPHA tiveram acesso à mesma informação durante o combate (dados fornecidos pelos sensores, algum ruído e potenciais falhas) para que se conseguisse uma simulação o mais realista possível. A cada movimento do coronel, o algoritmo do programa de realidade virtual evoluiu, calculando a probabilidade da próxima escolha do piloto.

"Fiquei surpreendido com a reatividade do programa. Parecia que estava consciente das minhas intenções e reagia instantaneamente às mudanças do meu voo e às escolhas que fazia em relação aos mísseis. [O programa] sabia exatamente como derrotar cada lançamento meu", continua Lee.

Os criadores do programa dizem que este sistema exige tanto poder computacional como um PC de baixo orçamento.

"Isto pode ser inteligência artificial, mas representa um desafio real", termina o coronel.

O próximo passo será usar este programa em aeronaves sem tripulação, com a vantagem de que o piloto "virtualmente real" jamais sente cansaço.


Fonte: DN

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