sábado, 9 de julho de 2016

Clube Bilderberg e Goldman Sachs: O Cherne a subir na vida


Depois de Maria Luís Albuquerque transitar para a Arrows ou de Vítor Gaspar para o FMI, e dois anos depois dacontratação de José Luís Arnaut para o Conselho Consultivo da Goldman Sachs, Durão Barroso, novo padrinho do Clube Bilderberg em Portugal, entra também pela porta grande daquele que muitos dizem ser o banco mais poderoso do mundo.

"E isto faz sentido num tempo em que, graças à direita, a política passou a estar ao serviço dos negócios, sejam eles da finança ou da construção. 

Portanto, a longa experiência de Durão Barroso como governante de Portugal, com relevantes serviços prestados à Guerra do Iraque e aos interesses de Bush, e a sua actuação como presidente da Comissão Europeia, onde foi um cãozinho de regaço da Alemanha, perfaz um acervo de informação preciosa para um banco de rapina como o Goldman Sachs. 

Portugal que se cuide. E o Clube de Bilderberg que se regozije." - F.Leitão no blogue Aventar

"Mais que criticar as opções individuais dos Barrosos deste mundo – censuráveis certamente no plano da ética e da probidade -, convirá, contudo, refletir sobre as condições atuais de funcionamento das economias e dos regimes políticos, que permitem que eles sejam úteis aos que os compram ou alugam, sem que existam quadros legais e sancionatórios que tal impeçam." (fonte)

Outros altos responsáveis políticos que saiem e entram na Goldman Sachs

- Mario Draghi, presidente do Banco Central Europeu, ex-Governador do Banco Central de Itália

- Romano Prodi, ex-líder da oposição italiana, ex-primeiro-ministro italiano e ex-Presidente da Comissão Europeia

- Peter Sutherland, ex-Comissário Europeu, Presidente da Organização Mundial do Comércio, “Pai da Globalização”

- Robert Zoellick, ex-presidente do Banco Mundial

- Mark Carney, governador do Banco Central de Inglaterra, ex-Governador do Banco Central do Canadá

- Mario Monti, ex-primeiro-ministro italiano, ex-Comissário Europeu e ex-ministro das Finanças

- Lucas Papademos, ex-primeiro-ministro grego, ex-Governador do Banco Central Grego, actualmente no Banco Central Europeu

- Petros Christodoulos, ex-administrador da Dívida Pública da Grécia

- Carlos Moedas, Comissário Europeu e ex-secretário de Estado responsável pela implementação do programa da troika - João Moreira Rato, ex-administrador da Dívida Pública de Portugal

- Malcolm Turnbull, primeiro-ministro da Austrália

- Ian MacFarlane, ex-governador do Banco Central da Austrália

- Larry Summers, secretário do Tesouro de Bill Clinton

- Robert Rubin, Segundo secretário do Tesouro de Bill Clinton e presidente do Citigroup

- Hank Paulson, secretário do Tesouro de George W. Bush

- Mark Patterson, Chefe de Gabinete do secretário do Tesouro de Obama

- Gary Gensler, administração Obama e actual director financeiro de Hillary Clinton

- Bill Dudley, presidente da Reserva Federal de Nova Iorque

- Duncan Niederauer, presidente da Bolsa de Nova Iorque

- Lord Browne, ex-presidente da BP

- Tito Mboweni, presidente da Reserva Federal da África do Sul

- Ottmar Issing, Banco Central Alemão e Banco Central Europeu

- Olusegun Aganga, ministro do Comércio da Nigéria, ex-ministro das Finanças


O que é a Goldman Sachs ?

"Sou um banqueiro a fazer o trabalho de Deus". É a forma como o presidente do maior banco de investimento do mundo vê a sua missão no comando do Goldman Sachs. Mas na opinião de um número cada vez maior de pessoas, o "trabalho de Deus" do Goldman Sachs é a encarnação do lado negro da força em Wall Street. E há até quem defenda que é este banco que manda no mundo e não os governos.

"Eu concordo com a tese de que os bancos, e especialmente o Goldman Sachs, se tornaram demasiado poderosos na medida em que influenciam a nossa política, a nossa economia e a nossa cultura", referiu o autor de "Money & Power: How Goldman Sachs Came to Rule the World", William D. Cohan, ao Outlook. E o poder do Goldman Sachs nos centros de decisão política até lhe valeu a alcunha, dada por banqueiros concorrentes , de Government Sachs.

Alessio Rastani, um ‘trader' em ‘part-time', defendeu em directo na BBC que não eram os governos que mandavam no mundo, mas sim o Goldman Sachs. Rui Barroso. Alessio Rastani transformou-se num fenómeno. O ‘trader' em ‘part-time' surpreendeu tudo e todos numa entrevista à BBC. Além de vários cenários catastrofistas sobre a crise, Rastani defendeu que "este não é o momento para pensar que os governos irão resolver as coisas. Os governos não mandam no mundo, o Goldman Sachs manda no mundo". Bastaram pouco mais de três minutos para tornar Rastani num fenómeno na Internet. (fonte)

A Goldman Sachs e a crise da dívida grega

A crise da dívida grega põe em evidência uma vez mais os poderes de persuasão e predação de Wall Street – uma peça que permanece invisível na maioria dos relatos sobre a crise do outro lado do mundo. A crise foi agravada anos atrás por uma operação do Goldman Sachs, arquitetado pelo atual diretor-executivo do banco, Lloyd Blankfein. Juntamente com a sua equipa, Blankfein ajudou a Grécia a esconder a verdadeira dimensão da sua dívida e, no processo, fê-la praticamente dobrar de tamanho. Da mesma forma como ocorreu na crise do subprime americano, e que levou à atual situação crítica de muitas cidades americanas, um empréstimo predatório de Wall Street teve um papel importante na crise grega, embora pouco reconhecido.

Em 2001, a Grécia procurava maneiras de mascarar os seus crescentes problemas financeiros. O Tratado de Maastricht exigia que todos os membros da zona do euro mostrassem melhorias nas contas públicas, mas a Grécia ia na direção oposta. Então o Goldman Sachs veio em seu socorro, oferecendo um empréstimo secreto de 2,8 mil milhões de euros, disfarçado de swap cambial não contabilizado – uma operação complicada, em que a dívida da Grécia em moeda estrangeira foi convertida em obrigações em moeda local, utilizando uma taxa de câmbio fictícia.

Como resultado, cerca de 2% da dívida da Grécia magicamente desapareceram das suas contas nacionais. Christoforos Sardelis, então chefe da Agência de Gestão da Dívida Pública da Grécia, mais tarde descreveu o acordo na Bloomberg Business como "uma história muito sexy entre dois pecadores”. Pelos serviços, o Goldman recebeu a soma colossal de 600 milhões de euros (793 milhões de dólares), de acordo com Spyros Papanicolaou, que substituiu Sardelis em 2005. Isso representou quase 12% da receita da gigantesca unidade do Goldman de trading e principal-investments em 2001 – que, aliás, bateu recorde de vendas nesse ano. A unidade era dirigida por Blankfein. (fonte)

Segundo o Financial Times, o banco Goldman Sachs no Reino Unido está sob a mira da justiça em pelo menos dois negócios, um deles envolvendo o fundo soberano da Líbia durante o regime de Khadafi. A Autoridade de Investimento da Líbia (AIL), reclama nos tribunais ingleses 1200 milhões de dólares após perder todo o dinheiro em nove investimentos, nos quais o Goldman Sachs lucrou 200 milhões. Nas primeiras alegações em tribunal, os líbios acusaram o banco de ter pago férias de luxo, jatos privados, reuniões em iates e prostitutas para os dirigentes líbios com quem negociavam. “É um banco de mafiosos”, disse um dos responsáveis da AIL em tribunal.

O outro caso que está sob investigação diz respeito a um negócio com o fundo soberano da Malásia. A emissão de obrigações do fundo, no valor de 3000 milhões de dólares. A quantia, que seria destinada a um grande projeto imobiliário no país, foi depositada pelo Goldman Sachs numa conta do fundo na Suíça e metade do dinheiro desapareceu. Uma parte veio depois a ser localizada na conta bancária do primeiro-ministro da Malásia. (fonte)

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