quinta-feira, 20 de outubro de 2016

Controladores de missão da nave Schiaparelli admitem que não sabem onde ela está

Controladores de missão da nave Schiaparelli admitem que não sabem onde ela está

Os controladores de missão da nave Schiaparelli, enviada pela Agência Espacial Europeia a Marte, admitiram hoje não saber o que aconteceu ao aparelho, que deveria ter pousado no Planeta Vermelho na tarde de quarta-feira.

A Schiaparelli, uma nave do tamanho de uma pequena piscina insuflável, deveria ter pousado em Marte às 14:48 (mais uma hora em Lisboa) de quarta-feira após uma travessia a velocidade supersónica pela fina atmosfera do planeta, concluindo uma viagem de 496 milhões de quilómetros a partir da Terra.

Mas os controladores perderam o sinal da Schiaparelli antes de esta pousar, fazendo lembrar a primeira tentativa, falhada, da agência europeia de levar uma nave até à superfície de Marte, há 13 anos.

"Ainda não estamos em condições de determinar a condição dinâmica na qual a nave pousou na superfície", declarou o responsável da Agência Espacial Europeia para as missões solares e planetárias, Andrea Accomazzo.

O mesmo responsável acrescentou que seria necessário analisar cerca de 600 megabytes de dados que a Schiaparelli enviou antes de ficar muda, para "perceber se sobreviveu estruturalmente ou não".

Caso se confirme que não sobreviveu, será o segundo falhanço seguido da ESA numa missão a Marte. Em 2003, o robot Beagle 2 (construído no Reino Unido) desapareceu após se ter separado da nave-mãe, a Mars Express. A NASA conseguiu fotografar no passado os destroços do robot.

A Schiaparelli viajou ao longo de sete anos a bordo de uma nave russo-europeia, a Trace Gas Orbiter (TGO), até, no domingo, ter chegado a um milhão de quilómetros de Marte. Nesse ponto, separou-se para concluir a sua missão sozinha.

A missão de pousar a Schiaparelli visava preparar e confirmar qual a tecnologia necessária para pousar um "rover" - maior e mais caro - em 2020.

O “rover” de seis rodas estará equipado com uma broca para procurar sinais de vida, atuais ou no passado, até uma profundidade de dois metros.

Diário Digital com Lusa

Fonte: DD

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