quarta-feira, 2 de novembro de 2016

Anéis de Saturno são uma incógnita? Agora já não

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Os anéis de Saturno, Urano e Neptuno sempre foram uma incógnita. Quer o porquê de existirem, quer de como se formaram. Agora, através de um programa informático, conseguiu-se descobrir a sua origem.

Um modelo informático revela finalmente o mistério sobre os anéis que envolvem planetas como Saturno, Urano ou Neptuno. A resposta afinal até é simples: tratar-se-ão de pedaços de planetas que foram lançados contra esses planetas do sistema solar.

Os anéis de planetas como Saturno parecem ser compostos de uma massa quase celestial, brilhante e de aparência leve. No entanto, têm um passado, digamos, violento. A sua formação só aconteceu porque a instabilidade da via láctea levou a que pedaços de planetas fossem lançados sobre estes planetas, provocando a formação destes anéis.

A discussão dura há séculos. Em 1655, Christuan Huygens falou pela primeira vez sobre a formação destes anéis de formação misteriosa, tentando chegar ao porquê da sua origem. Mas não chegou a uma conclusão concreta. A nova teoria agora divulgada foi estudada por um grupo de investigadores da Universidade de Kobe, no Japão, e pode finalmente ajudar a perceber a formação dos famosos anéis.

Quem foi Christian Huygens

Christiaan Huygens, holandês, matemático e cientista, viveu durante o século XVII. O seu trabalho ficou conhecido, essencialmente na astronomia e na física.

No seu currículo contam os primeiros estudos feitos sobre os anéis de Saturno e ainda a descoberta da lua Titan.

O que explicam estes novos avanços?

O novo modelo de estudo, elaborado por simulações de computador, concentra as hipóteses do aparecimento dos anéis num período inicial do Sistema Solar, conhecido como Bombardeio Intenso Tardio. Aconteceu há 400 mil milhões de anos e consistiu na migração dos planetas gigantes. Júpiter formado no exterior do Sistema Solar, terá avançado como uma bola demolidora pelo Sistema Solar adentro, provocando uma devastação que acabou com a primeira geração planetária que começava a nascer. Naquela altura Saturno também fez uma viagem que só o Sol travou. A esse momento deu-se o nome de ressonância orbital. E teve consequências em todo o Sistema Solar.

Uma das consequências deste “duelo de titãs” foi a destruição das órbitas de muitos objetos na Cintura de Kuiper. Aqui estão acumuladas uma série de pequenos objetos de gelo e também restos da formação do Sistema Solar. E foram estes, atraídos para o interior do sistema, que bombardearam os planetas em formação e, de acordo com os investigadores japoneses, formaram os anéis de alguns deles, nomeadamente Saturno.

Também os planetas Urano e Neptuno contam com anéis na sua órbita. No entanto a matéria que os compõe é diferente. Estes dois planetas não têm anéis formados de gelo, como Saturno (95%), mas sim de matéria rochosa. A teoria apresentada pela equipa de investigadores, liderada por Hyodo Ryuki, consegue explicar as diferenças existentes.

As viagens até aos anéis

A abordagem utilizada parte do facto de existirem na Cintura de Kuiper milhares de objetos com o tamanho de planetas como Plutão. Durante a distância percorrida até ao Sistema Solar, os investigadores calcularam a hipótese destes objetos passarem suficientemente perto dos grandes planetas ao ponto de serem capturados e destruídos pela força gravitacional durante o Intenso Bombardeio Tardio. Os resultados mostram que isso aconteceu efetivamente e várias vezes.

Segundo mostram os autores, num comunicado de imprensa, estima-se que quando acontecia um encontro entre um objeto oriundo da Cintura de Kuiper e um gigante gasoso, entre 0,1 e 10% da massa inicial do objeto gelado ficava preso à orbita do planeta. A matéria acumulada desses fragmentos presos é, por si só, suficiente para explicar a massa que envolve os anéis de Saturno e Urano. As simulações efetuadas, oferecem também uma possível explicação do processo em que os fragmentos de vários quilómetros começaram a chocar uns contra os outros, a grande velocidade, acabando por formar, os que são agora, os anéis que envolvem estes planetas.

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1 comentário:

  1. Gente mais isto é óbvio ...Claro q estes anéis são formados de poeira cósmica e partículas gelo e nuvens de gás ...Até um leigo como eu sabe disto,Oxiiii....

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