quarta-feira, 23 de novembro de 2016

Em menos de um ano, uma ilha do Pacífico passou a usar apenas energia solar

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Ta’u, na Samoa Americana, dependia quase exclusivamente de combustíveis fósseis.

O casamento entre a Tesla Motors e a SolarCity já está a dar frutos: foi aberta uma micro-rede de energia solar na ilha Ta’u, na Samoa Americana, arquipélago do Pacífico Sul, que irá resolver os problemas das falhas energéticas locais.

A ilha batia-se com problemas relacionados com recursos energéticos. Dependendo quase exclusivamente do petróleo, que tinha de importar, a energia em Ta’u era cara, pouco limpa e pouco fiável – as falhas e os apagões eram constantes.

“Lembro-me de uma altura em que o barco não vinha cá durante meses”, lembra-se Keith Ahsoon, um residente da ilha. “Dependemos do barco para tudo, incluindo para importar gasóleo para os geradores de electricidade. Quando o gasóleo começa a escassear, poupamo-lo e só o utilizamos de manhã e à noite. Os sistemas de água daqui também usam bombas, toda a gente na aldeia depende disso. É mau não saber o que esperar”, diz este proprietário de uma loja de comida, citado pelo blogue da SolarCity

Identificado o problema, a Tesla Motors e a SolarCity pensaram numa solução e instalaram uma micro-rede (sistema de distribuição de energia em rede, que se pode tornar autónomo em situações de crise como tempestades) com mais de 5300 painéis solares, capazes de gerar 1,4 megawatts de energia.

Aos painéis vai juntar-se uma das tecnologias criadas pela Tesla Motors, a powerpack, uma “bateria” de armazenamento de energia com capacidade para 6 megawatts por hora. Ao todo, serão instaladas 60 powerpacks, que, segundo as previsões, vão ser suficientes para suprir as necessidades energéticas dos 600 habitantes da ilha e construir uma rede eléctrica sólida, que pode ser usada durante todo o dia.

Os painéis conseguem produzir energia para três dias, se trabalharem à capacidade máxima, e recarregam completamente com sete horas de exposição solar.

O projecto, começado há menos de um ano, foi financiado pela Autoridade de Desenvolvimento Económico da Samoa Americana, a Agência de Protecção Ambiental e o Departamento do Interior, e espera-se que se traduza numa poupança significativa nos custos relacionados com a energia.

Esta é uma aposta forte da Tesla, produtora de automóveis eléctricos e autónomos que, segundo O Jornal Económico, pode estar de entrada em Portugal. O mercado energético, visto como potencialmente mais lucrativo do que o dos automóveis, apresenta-se como uma oportunidade de negócio importante.


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