quarta-feira, 9 de novembro de 2016

Missão de desvio de asteróides envolverá cinco naves

Missão de desvio de asteroides envolverá cinco naves
Além da nave-mãe e do módulo de pouso, a missão contará com uma sonda de impacto e dois nano satélites, que tentarão filmar tudo de perto.[Imagem: ESA - ScienceOffice]
Cinco naves contra dois asteróides

A ESA (Agência Espacial Europeia) anunciou estar entrando na etapa final de avaliação da sua Missão Impacto a um Asteróide, ou AIM (Asteroid Impact Mission).

A missão AIM voará junto com a missão DART (sigla em inglês para Teste de Redireccionamento de Duplo Asteróide), da NASA. O alvo de ambas é o sistema duplo Dídimo, um binário, com dois asteróides girando um em torno do outro - o asteróide primário tem cerca de 800 metros de diâmetro, enquanto o satélite tem cerca de 150 metros.

Enquanto a DART atinge o menor dos dois asteróides, a sonda AIM será responsável por recolher todos os dados técnicos necessários para validar os modelos de um impacto para desviar um asteróide de sua rota.

Além disso, dois nano satélites (cubesats) serão enviados para observações complementares e mais arriscadas, bem mais próximas do asteróide, e um módulo de pouso, a micro sonda Mascot-2, descerá na pequena lua Dídimo para examinar a sua estrutura interior.

Não há muito tempo disponível para a preparação da missão porque os asteróides continuam vindo em direcção à Terra, para uma passagem sem risco de choque em 2022. Só na Europa, mais de 40 empresas de 15 países estão envolvidas na fabricação dos diversos sistemas da missão. Nos EUA, a construção do módulo de impacto está sendo coordenado pelo Laboratório de Física Aplicada da Universidade Johns Hopkins.

Modelo em escala do módulo de pouso Mascot-2, que tentará pousar 
na lua do asteróide binário Dídimos. [Imagem: ESA/DLR]

Pouso e observação

Para observar os asteróides, a missão usará a mesma câmara que a sonda Dawn, da NASA, está usando para observar o planeta anão Ceres.

Mas o sistema está sendo testado com os dados da sonda Rosetta, que orbitou um cometa durante mais de um ano.

"Não há dois asteróides exactamente iguais, e na verdade os asteróides Dídimos estão realmente muito distantes para que os astrónomos saibam suas características superficiais precisas. Mas essas imagens da Rosetta oferecem um análogo útil para testar a precisão de navegação que precisaremos para manobrar rumo ao nosso alvo, a 'lua Dídimo', e, finalmente, liberar a Mascot-2 na sua superfície, com alguns centímetros por segundo de precisão," explicou Michael Kueppers, chefe do projecto AIM.

A ESA também está trabalhando com as empresas que apresentaram os melhores projectos de nano satélites para voar a bordo da AIM.

Filmar o impacto

Uma missão multi veículos - nave-mãe, sonda de pouso, sonda de impacto e nano satélites - no espaço profundo é algo pioneiro na exploração espacial.

A AIM também demonstrará uma tecnologia inovadora que permitirá que a sonda navegue autonomamente em torno do asteróide, como uma nave espacial auto dirigida, sem necessidade de receber comandos da Terra.

O objectivo é que esse conceito de auto navegação possa ser aplicado em futuras naves espaciais destinadas a explorar corpos celestes mais distantes da Terra.

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