segunda-feira, 13 de março de 2017

O maior perigo dos asteróides para os humanos não é o impacto

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O vento e a água serão os prováveis responsáveis por milhares de mortes num cenário apocalíptico envolvendo a colisão de um asteróide com a Terra.

Segundo concluíram investigadores da Universidade de Southampton, no Reino Unido, num estudo liderado por Clemens Rumpf, o vento, a pressão e o calor causados pelo impacto são os efeitos mais perigosos, independentemente do local de impacto.

Para aferir os resultados sobre o risco de mortalidade, os investigadores levaram em consideração a queda de um asteróide numa área residencial. Foram consideradas tanto rochas que se destruiriam com a fricção com o ar do planeta, como as que tocassem o solo e os impactos na água.

Com a entrada do asteróide na atmosfera da Terra, uma enorme quantidade de energia seria dissipada pelo ar, criando uma onda de choque em forma de tornado, com uma cauda de chamas. Com a aproximação ao solo, o impacto abriria uma cratera e lançaria destroços e rochas no ar.

No entanto, como 71% da superfície do planeta é coberta de água, um impacto nos oceanos é muito mais provável – o que não significa que as pessoas em terra seca estejam a salvo.

A queda num ambiente aquático criaria um tsunami com dezenas de metros de altura. E quanto mais longe da costa, mais profundo é o oceano e maiores seriam as ondas.

Tragédia pode vir dos oceanos

Um tsunami criado pelo impacto de um asteróide de 200 metros de comprimento a 130 quilómetros de Lisboa causaria a morte de 50 mil pessoas – das quais 75% causadas directamente pelo tsunami e as restantes por ventos velozes a atingir a costa.

As ondas gigantes são o efeito de um impacto que mais afectaria a população mundial, diz Rumpf. “A diferença dos tsunamis é que eles são os efeitos mais abrangentes de um impacto na água”, explica o cientista, citado pelo New Scientist.

Em caso de o asteróide não tocar no solo ou na água, mas explodir em pleno ar, 15% das mortes seriam provocadas pelo calor, e apenas 3% das mortes seriam resultado do impacto em si ou dos terremotos e destroços que se seguiriam ao acontecimento.

Rumpf e equipe planeiam discutir os resultados da pesquisa com gestores de situações de desastre, para lançar sugestões que nos permitam estarmos preparados para o caso de uma eventual colisão.

Evento raro

A probabilidade de um impacto de um asteróide com 200 metros de comprimento é de que aconteça uma vez em cada 40 mil anos. Além disso, um corpo espacial pode cair em qualquer local do nosso planeta, cuja maior parte não é povoada.

Rumpf afirma que eventos deste tipo são raros, mas com consequências catastróficas. “A maior probabilidade é de que um asteróide atinja a água, e mesmo que aconteça em terra, é provável que caia longe de regiões povoadas“, diz o cientista.

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