sexta-feira, 14 de abril de 2017

GBU-43, uma arma infernal

A bomba que os EUA lançaram no Afeganistão contra esconderijos do Daesh é a mais poderosa do arsenal americano logo a seguir às armas atómicas

bomba lançada esta quinta-feira sobre zonas montanhosas do Afeganistão, onde o comando americano pensa existirem fortificações e posições subterrâneas do Daesh, é a mais poderosa do arsenal dos EUA logo a seguir aos armamentos nucleares. O poder de destruição na zona do alvo é comparável ao de uma arma atómica, diferindo desta pela não emissão de radiações ionizantes e não contaminação posterior do terreno.

A GBU-43 esta quinta-feira usada é a última palavra em bombas termobáricas (fuel air munition na designação anglo-saxónica). Utiliza e consome todo o oxigénio da zona circundante para criar uma explosão a altíssima temperatura que, além de incinerar o alvo, o destrói através de uma onda de choque muito maior que a produzida por explosivos convencionais.

Trata-se da evolução de uma arma que remonta aos anos 70 e à Guerra do Vietname, a BLU-82, conhecida como Daisy Cutter (à letra podadora de margaridas), inicialmente usada para terraplenar e desflorestar zonas de selva para permitir a aterragem de helicópteros. Explodia um metro acima do solo, abrindo enormes clareiras na selva. Posteriormente foi usada contra posições fortificadas do Vietcong.

A GBU-43 ficou pronta em 2003. A fotografia foi registada nesse ano durante um teste na Flórida   U.S. AIR FORCE/ GETTY IMAGES

Em 1991 durante a I Guerra do Golfo as forças norte-americanas usaram bombas termobáricas contra as posições fortificadas de Saddam para abrir caminho ao avanço das divisões blindadas. O efeito destrutivo foi de tal ordem que sobreviventes iraquianos acreditaram ter sido atacados com armas atómicas.

Após o 11 de Setembro e no quadro da intervenção militar de tropas dos EUA e da NATO no Afeganistão contra o regime talibã foram usadas bombas termobáricas de grande potência em operações contra esconderijos dos talibãs e da Al-Qaeda nas montanhas, sendo certo que também os soviéticos as tinham usado contra os guerrilheiros afegãos na década de 80.

A GBU-43 ficou pronta em 2003 e foi levada para o Iraque na perspectiva da utilização na II Guerra contra Saddam mas não há confirmação do seu uso operacional que poderá só ter ocorrido hoje.

Tal como a sua antecessora Daisy Cutter, a GBU-43 é lançada de um C-130 modificado e escoltado por outros aviões de combate. Não há dados sobre o seu poder detonante ou raio de acção mas as suas antecessoras de seis toneladas (em vez de dez) tinham um raio de morte da ordem de meio quilómetro.

Ler mais AQUI

Sem comentários:

Enviar um comentário

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...