terça-feira, 13 de junho de 2017

Cofre de sementes no Ártico ameaçado pelo degelo


O problema obrigou o governo norueguês a gastar cerca de quatro milhões de euros para corrigir as falhas detetadas no "cofre do dia juízo final", que guarda sementes de todos o mundo

A Noruega foi obrigada a reparar a entrada do banco de sementes conhecido como o "cofre do dia juízo final", localizado numa ilha do Ártico, depois de o degelo acelerado e inesperado do permafrostter gerado uma inundação: a água entrou no edifício que guarda sementes de milhões de culturas. O problema obrigou o governo norueguês a gastar cerca de quatro milhões de euros para corrigir as falhas detetadas, avança o jornal Guardian.


A água, limitada ao hall de entrada de 15 metros, não teve impacto nos milhões de sementes armazenadas dentro da montanha, a mais de 110 metros de profundidade. Ainda assim, é um problema inesperado para o cofre localizado no arquipélago de Svalbard, a cerca de 1000 km do polo norte e pensado para proteger as sementes de cataclismos, como guerra nuclear ou doença, servindo-se do permafrost natural, uma camada de solo gelado que ocorre em climas frios nas altas latitudes.

"O Cofre de Sementes Global de Svalbard está a sofrer melhorias técnicas por causa da inundação", afirmou o grupo de construção do estado norueguês, Statsbygg, que construiu o cofre aberto em 2008, em comunicado. "As sementes no cofre nunca estiveram ameaçadas".


Hege Njaa Aschim disse que a empresa removeu o equipamento elétrico da entrada - uma fonte de calor - e estava a construir paredes à prova de água dentro e valas fora para canalizar qualquer água. O número de visitantes também foi reduzido para limitar o calor do corpo humano.

Um dos problemas é que o permafrost à volta da entrada do cofre, que descongelou na altura da construção, há uma década, não voltou a congelar como os cientistas tinham previsto, explicou Aschim.


As temperaturas na região do Ártico têm aumentado duas vezes a média global numa tendência de aceleração que os cientistas atribuem aos gases de efeito estufa produzidos pelo homem.

Haga disse que a fundação que administra o cofre-forte genético conseguiu até agora angariar cerca de 200 milhões de dólares dos 850 que precisa para ajudar a preservar as sementes recolhidas por todo o mundo. É uma apólice de seguro extremamente barata para o mundo", concluiu.

Fonte: DN

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