Estruturas sensíveis à luz tinham, acreditam os cientistas, funções de regulação dos ciclos de sono e acasalamento, bem como orientação
Um lagarto que andou pelo planeta Terra há cerca de 49 milhões de anos tinha quatro olhos, afirmam cientistas que fizeram novas análises a fosseis descobertos por volta de 1879 no Wyoming, EUA.
De acordo com os especialistas, os dois olhos "extra" - pineal e parapineal - ajudavam as criaturas da espécie Saniwa ensidens a orientarem-se. Além dos dois olhos na cara, tinham também, no topo do crânio, mais duas estruturas sensíveis à luz. É o primeiro exemplo de um animal vertebrado com estes "olhos extra".
Os olhos adicionais deviam servir, dizem os cientistas, para regular os ciclos de sono e acasalamento, funcionando também como uma bússola que ajudava na orientação.
O estudo foi publicado na Current Biology e explica também que este pode ser um novo passo na compreensão da evolução, dado que o chamado "terceiro olho" já tinha sido identificado em alguns pequenos animais como peixes e rãs. Cientistas já haviam afirmado que o órgão pineal poderia ter evoluído de um parapineal, outro órgão sensível à luz que é encontrado em criaturas mais primitivas como a lampreia.
As duas estruturas do Saniwa ensidens, que estão ligadas ao cérebro, foram identificados usando raio-X e outras técnicas modernas de análise, fazendo com que os cientistas encontrassem os dois orifícios extra.
A espécie crescia até cerca de 1,3 metros e caçava praticamente tudo, de outros lagartos e répteis a pássaros e mamíferos.
Fonte: DN
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