terça-feira, 11 de dezembro de 2018

Adeus ao preto e branco: chegaram os Raios X coloridos

Raio X de um tornozelo a cores
Os primeiros testes feitos com este scanner já está sendo usado ​​para estudar o cancro

Uma empresa da Nova Zelândia desenvolveu um novo tipo de scanner que permite fazer radiografias em 3D e coloridas . Este método é baseado na tecnologia de rastreio de partículas usada no Acelerador de Partículas Large Hadron Collider, CERN. 

Esta nova tecnologia pode ser usada para obter imagens mais detalhadas e precisas do que as tradicionais radiografias a preto e branco e, assim, contribuir para um melhor diagnóstico médico. As primeiras radiografias coloridas que foram apresentadas publicamente mostram o detalhe de um tornozelo e de um pulso em que você pode até ver o relógio.

Como funciona

O scanner, desenvolvido pelos cientistas Phil e Anthony Butler, das Universidades de Canterbury e Otago, na Nova Zelândia, usa um detector que capta a informação espectral, isto é, a cor ou energia dos raios X que os detectores tradicionais não usam.

Imagem de um raio X a cores de um pulso
O chip Medipix3 funciona de forma semelhante ao sensor de uma câmara digital, mas quando o obturador é aberto é capaz de detectar e contar as partículas que atingem cada pixel. 

Esse chip, complementado com algoritmos de processamento de dados personalizados, pode detectar a mudança nos comprimentos de onda, à medida que os raios X passam por diferentes materiais no corpo. Desta forma, o scanner pode distinguir entre osso, músculo, gordura, líquidos e o resto de materiais e tecidos do corpo humano. 

O software adicional que acompanha o scanner é baseado em todas essas informações para criar imagens a cores que permitem uma visão tridimensional do interior do nosso corpo.

Primeiros resultados

Os primeiros testes realizados com este scanner já estão sendo usados ​​para estudar o cancro, bem como a saúde óssea e articular em pacientes. De acordo com seus promotores, esta tecnologia também será útil em outras áreas médicas, da odontologia à cirurgia cerebral. 

No entanto, ainda demorará alguns anos até que este exame comece a ser usado em hospitais e clínicas. Por enquanto, espera-se que os ensaios clínicos comecem na Nova Zelândia nos próximos meses.


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