Duarte Lima utilizou Francisco Canas para colocar 3,5 milhões de euros na Suíça, segundo o Ministério Público.
Duarte Lima, acusado de burla qualificada ao BPN e branqueamento de capitais, utilizou Francisco Canas, também arguido neste processo e no caso "Monte Branco", para colocar 3,5 ME (milhões de euros) na Suíça, segundo o Ministério Público.
O Departamento Central de Investigação e Acção Penal (DCIAP) de Lisboa refere no despacho de 17 de Novembro que os montantes provenientes do negócio Homeland, fundo imobiliário criado para financiar a compra de terrenos em Oeiras, entraram na esfera de Francisco Canas para colocação na Suíça.
A acusação refere que Duarte Lima e o filho, Pedro Lima, "deitaram a mão" para "finalidades próprias" a "pelo menos 3.573.700 euros" da Homeland, constituída com 1,5 ME do BPN e 4,2 ME de Vítor Raposo, sócio do ex-deputado, e igual montante de Pedro Lima.
A investigação revela que Duarte Lima "conhecia já os serviços oferecidos" pelo arguido Francisco Canas, tendo este aceitado receber verbas para depois disponibilizar igual quantia para contas no estrangeiro.
Tendo conhecimento da provável origem ilícita dos fundos recebidos de Duarte Lima, Francisco Canas, que cobrava pelo serviço um por cento, criou a personagem de "Carlos Lima" nas operações com ex-deputado.
Duarte Lima é também acusado de lesar Vítor Raposo em 987.500 euros, depois de o ter induzido a comprar parte da carteira de acções da SLN (Sociedade Lusa de Negócios), não cotadas em bolsa, que o ex-deputado, depois de ter contraído junto do BPN um empréstimo de 3,5 ME, detinha em nome de EMKA International.
No despacho de acusação descreve-se que Vítor Raposo foi convencido a comprar 250 mil acções da SLN, sem se aperceber o detentor da carteira era o próprio Duarte Lima.
Duarte Lima, que se encontra em prisão domiciliária, Vítor Raposo e Pedro Lima são suspeitos de burlar o BPN em 44 milhões de euros.
O ex-deputado e os outros arguidos são suspeitos do usufruto de vários créditos no valor de mais 40 milhões de euros, obtidos com garantias bancárias de baixo valor, que permitiriam adquirir terrenos no concelho de Oeiras, localizados nas imediações da projectada sede do Instituto Português de Oncologia (IPO).
O projecto da sede do IPO não avançou e o crédito pedido ao BPN ficou por liquidar.
Sob Duarte Lima pendem ainda as acusações de dois crimes de burla qualificada ao sócio [Vítor Raposo] e um crime de abuso de confiança, além de branqueamento de capitais relativo aos factos da utilização dos serviços de Francisco Canas.
Francisco Canas é acusado de branqueamento de capitais, enquanto os advogados João Almeida e Paiva e Miguel Almeida e Paiva são indiciados de burla qualificada ao BPN, infidelidade como gerentes da sociedade Neta Franco e como procuradores da herdeira e um crime de falsificação.
Francisco Canas é acusado de branqueamento de capitais, enquanto os advogados João Almeida e Paiva e Miguel Almeida e Paiva são indiciados de burla qualificada ao BPN, infidelidade como gerentes da sociedade Neta Franco e como procuradores da herdeira e um crime de falsificação.
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