Há quase 13 mil alunos em Portugal, segundo dados oficiais, que tomam a primeira refeição do dia na escola devido às carências alimentares que têm em casa. A Renascença foi ao terreno ouvir o que dizem os responsáveis escolares.
Anabela Amaral é professora na escola secundária de Valadares, em Vila Nova de Gaia. Formada para ensinar, aprendeu a ajudar quem lhe chega às aulas com fome. Um dos casos que teve entre mãos é o de uma aluna que parecia estar com quebras de tensão. Quando chamou o pai à escola, deparou-se com uma família que sobrevive com as pensões dos avós.
"É um caso esporádico de quebra de tensão? Não, é fome mesmo", conta Anabela Amaral à Renascença. "Chamei cá o pai, para ver o que podíamos fazer, e o pai disse que tinha ido para casa dos pais e, portanto, são os avós, com as pensões, que estão a gerir e a conseguir ajudar a família", revela.
A subida do desemprego agravou as dificuldades de muitas famílias, que se reflectem já em carências alimentares dos mais novos. Segundo dados oficiais, quase 13 mil alunos tomam a primeira refeição do dia na escola, porque a resposta em casa já não é a ideal. As estimativas do Governo também dizem que o desemprego vai aumentar para o ano, factor que pode potenciar ainda mais as dificuldades que se vivem no terreno.
Setúbal é a região da zona estatística de Lisboa onde o desemprego é mais preocupante. O jardim de infância e escola do primeiro ciclo Bento Jesus Caraça situa-se numa das zonas mais deprimidas da cidade. Muitos chegam à escola sem nada no estômago.
"Quando chegam de manhã, o leite está lá para que o possam beber. Temos o leite para dar, mas penso que não é suficiente", diz a coordenadora Sílvia Martinez.
No Alentejo, a taxa de desemprego é de 16,1%. O director do agrupamento de escolas n.º 3 de Beja, Joaquim Cabecinha, diz que há casos em que já não há o que pôr na mesa ao jantar. Joaquim Cabecinha quer sinalizar essas famílias, para "desencadear um mecanismo de se arranjar algumas marmitas e levar comida para casa".
No Algarve, em Olhão, Luís Felício, director da Escola Secundária João da Rosa, admite que o almoço da cantina é a salvação de muitos. "É a única refeição do dia. Sei que há muitos que ao jantar já não têm."
"É um caso esporádico de quebra de tensão? Não, é fome mesmo", conta Anabela Amaral à Renascença. "Chamei cá o pai, para ver o que podíamos fazer, e o pai disse que tinha ido para casa dos pais e, portanto, são os avós, com as pensões, que estão a gerir e a conseguir ajudar a família", revela.
A subida do desemprego agravou as dificuldades de muitas famílias, que se reflectem já em carências alimentares dos mais novos. Segundo dados oficiais, quase 13 mil alunos tomam a primeira refeição do dia na escola, porque a resposta em casa já não é a ideal. As estimativas do Governo também dizem que o desemprego vai aumentar para o ano, factor que pode potenciar ainda mais as dificuldades que se vivem no terreno.
Setúbal é a região da zona estatística de Lisboa onde o desemprego é mais preocupante. O jardim de infância e escola do primeiro ciclo Bento Jesus Caraça situa-se numa das zonas mais deprimidas da cidade. Muitos chegam à escola sem nada no estômago.
"Quando chegam de manhã, o leite está lá para que o possam beber. Temos o leite para dar, mas penso que não é suficiente", diz a coordenadora Sílvia Martinez.
No Alentejo, a taxa de desemprego é de 16,1%. O director do agrupamento de escolas n.º 3 de Beja, Joaquim Cabecinha, diz que há casos em que já não há o que pôr na mesa ao jantar. Joaquim Cabecinha quer sinalizar essas famílias, para "desencadear um mecanismo de se arranjar algumas marmitas e levar comida para casa".
No Algarve, em Olhão, Luís Felício, director da Escola Secundária João da Rosa, admite que o almoço da cantina é a salvação de muitos. "É a única refeição do dia. Sei que há muitos que ao jantar já não têm."
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