Um conjunto de personalidades entregou hoje uma carta-aberta ao primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, pedindo a sua demissão e reenviou uma cópia para o Presidente da República, manifestando a sua preocupação pelas consequências da política seguida pelo atual Governo.
Os signatários da carta garantem que as medidas previstas, quer no programa eleitoral do PSD, quer no Programa de Governo forma excedidas e as consequências têm um forte impacto sobre os portugueses.
Afirmam que a "austeridade custe o que custar" está a empobrecer o país e criticam o desmantelamento das funções sociais do Estado, juntamente com a alienação de empresas estratégicas, os cortes nas pensões, nas reformas e nos salários, além do incentivo à emigração e o crescimento do desemprego.
A carta subscrita por personalidades de vários quadrantes da sociedade portuguesa diz textualmente: "perdeu-se toda e qualquer esperança".
Depois das falhas verificadas em todas as previsões económicas, dizem que o Executivo, munido de "um fanatismo cego" está a fazer "caminhar o país para o abismo". Apelidam o Orçamento do Estado aprovado na segunda-feira de "injusto, socialmente condenável e portador de disposições de constitucionalidade duvidosa". Sublinham que não será cumprido e agravará ainda mais a recessão no próximo ano.
Terminam apelando ao primeiro-ministro que "retire as consequências políticas que se impõem, apresentando a demissão ao Senhor Presidente da República, poupando assim o País e os Portugueses ainda a mais graves e imprevisíveis consequências".
Sem comentários:
Enviar um comentário