quarta-feira, 20 de janeiro de 2016

Sensor implantável no cérebro pode monitorizar saúde e depois dissolver-se

Sensor implantável no cérebro pode monitorizar saúde e depois dissolver-se

Investigadores avançaram na criação de pequenos sensores, do tamanho de um grão de arroz, que podem ser implantados no cérebro de um paciente e desaparecer depois de um tempo. Estes sensores temporários são feitos para medir a temperatura, pressão, pH, movimento, fluxo e biomoléculas específicas, que pode melhorar os tratamentos médicos daqui para frente.

Os cientistas propuseram esta solução, que funciona sem fios, para substituir o método tradicional de monitorização dos pacientes, que incluía ligar a pessoa por cabos a diversos aparelhos. Além disso, a remoção do equipamento também requeria uma cirurgia invasiva que aumenta o risco de infecções e pode causar complicações de todos os tipos a pacientes que já estão vulneráveis.

O projecto foi feito em parceria entre a Escola de Medicina da Universidade de Washington e de um grupo da Universidade de Illinois em Urbana-Champaign, que é especializado em tecnologia vestível e electrónicos implantáveis. Esta primeira versão foi criada para ser usada em cérebros, mas os autores preveem que, no futuro, os sensores possam ser aplicados a vários tecidos e órgãos, que poderão ajudar desde pessoas com diabetes até vítimas de acidentes de viação que tenham sofrido danos cerebrais.

Para chegar ao objectivo de um sensor que se desfaz com o tempo, os pesquisadores usaram um silício biodegradável para montar os sensores piezoresistivos. Além do silício, estão presentes magnésio, um copolímero que se dissolve e outros elementos e minerais que, segundo os pesquisadores, estão presentes nos alimentos e bebidas do quotidiano.

Os dispositivos também podem ser modificados de acordo com a necessidade. O revestimento pode ser mais grosso, o que fará com que o sensor demore mais para ser dissolvido. As versões actuais conseguem durar alguns dias em fluidos biológicos em temperatura fisiológica, mas os pesquisadores já trabalham em como fazê-los durar várias semanas.

Fonte: DD

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