Um novo sistema vai deixar de lado a análise de impressões digitais e reconhecimento facial para começar a fazer a digitalização do cérebro como forma de identificação. Com a análise do cérebro e de uma série de palavras e imagens, o recurso poderá «ler a sua mente» e confirmar se é, de facto, você.
O reconhecimento facial é bastante útil na teoria, mas na prática a técnica encontra problemas. Necessita de equipamentos de ponta, como uma boa câmara no seu laptop. Ao mesmo tempo, é muito fácil enganar o sistema. O facto é que agora temos mais um competidor de peso para facilitar o acesso a sistemas. A Universidade de Binghamton, nos EUA, mostrou uma nova tecnologia de identificação biométrica que faz a digitalização do seu cérebro.
O processo envolve colocar uma touca de electroencefalograma e verificar uma série de 500 itens, como palavras, imagens de celebridades e fotos de um banco de imagem. Cada imagem é mostrada num ecrã por meio segundo. O sistema verifica a sua reacção a todos esses itens e compara com monitorizações anteriores. Se uma abelha aparece na tela, uma pessoa que é alérgica ao insecto provavelmente terá uma reacção diferente de uma pessoa que trabalha com apicultura, por exemplo.
Com a análise de reacções às imagens, as probabilidades de trapacear o sistema diminuem consideravelmente. Testes prévios conseguiram identificar uma pessoa num grupo de 32, com taxas de acerto que ficou entre 82% e 97%. Segundo os programadores, a máquina agora consegue distinguir uma pessoa num grupo de 30 com 100% de precisão.
Se a taxa de acerto continuar a aumentar, esta será uma óptima opção para sistemas de segurança. A parte negativa é que leva muito tempo para fazer o login. O bom é que o sistema pode funcionar com três pequenos eléctrodos em vez de uma touca, e com meio segundo por imagem, não deve levar muito tempo para passar por um grande número de itens. Existe ainda o problema de armazenar a reacção da pessoa a essas imagens pela primeira vez.
É um desenvolvimento bem interessante no ramo da segurança digital. Vamos ver como é que as pessoas vão tentar hackear este novo método.
Fonte: DD
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