Quinze marinheiros morreram no naufrágio do "Roberto Ivens". Foto: DR |
Destroços do caça-minas "Roberto Ivens", afundado em Julho de 1917, foram detectados por um sonar.
Têm quase cem anos e foram agora detectados. Destroços do caça-minas “Roberto Ivens”, navio afundado durante a I Guerra Mundial, foram encontrados esta semana na barra do Tejo.
Os destroços do “Roberto Ivens” foram localizados, na segunda-feira, a cerca de 4 milhas náuticas a Sul da entrada da Barra do Porto de Lisboa, avançam a Marinha e o Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior.
Foram detectados com recurso a um sonar lateral, operado a partir da lança “Andrómeda”, da Marinha. Na operação participou uma equipa do Instituto Hidrográfico e um elemento do Instituto de História Contemporânea.
Imagens de sonar do "Roberto Ivens". Foto: Marinha |
“A fase seguinte desta missão será inspeccionar os destroços com recurso a um ROV (Remotely Operated Vehicle), recolhendo as suas imagens em profundidade para o devido estudo arqueológico”, explica a Armada.
“O destroço do caça-minas Roberto Ivens foi agora localizado, situando-se numa posição distinta daquela onde a documentação oficial o apontava como perdido. A localização permite aprofundar o conhecimento sobre a presença e o papel da Marinha durante o período conturbado da Grande Guerra e, simultaneamente, lança um novo olhar sobre a real dimensão da ameaça submarina alemã em águas territoriais portuguesas”, adianta o Ministério da Ciência.
O caça-minas “Roberto Ivens” foi o primeiro navio da Marinha Portuguesa a afundar-se durante a I Guerra Mundial.
Tudo aconteceu no dia 26 de Julho de 1917, quando o navio colidiu com uma mina que tinha sido deixada por um submarino alemão.
Com a força da explosão, o navio ficou imediatamente partido em dois e afundou-se em poucos minutos. Morreram 15 tripulantes, entre os quais o comandante Raul Cascais, e sete foram resgatados com vida.
O achado dos destroços acontece a poucos dias de uma efeméride. A 9 de Março cumprem-se 100 anos desde que a Alemanha declarou guerra a Portugal, na sequência do aprisionamento de navios alemães e austríacos nos portos nacionais.
Fonte: RR
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