segunda-feira, 9 de maio de 2016

Adolescente canadiano descobre cidade dos Maias desconhecida


Um rapaz canadiano de 15 anos, apaixonado pela civilização Maia,descobriu uma cidade até aqui desconhecida dos arqueólogos através da análise das constelações maias.

William Gadoury, de Saint-Jean-de-Matha, na região de Lanaudière (Québec, Canadá), descobriu uma cidade maia desconhecida. O adolescente de 15 anos desenvolveu uma teoria que explica que esta civilização pré-colombiana escolhia a localização das suas cidades seguindo as constelações das estrelas, noticia o Le Journal de Montréal.

Crédit photo : Le journal de Montréal / Martin Chevalier

O estudante da Académie Antoine Manseau em Joliette analisou 22 constelações usadas pelos maias e a localização das estrelas dessas constelações no mapa correspondia à de 117 cidades daquela civilização. Até agora nenhum cientista tinha descoberta a correlação entre as estrelas e a localização das cidades maias. Mas o jovem não se ficou apenas pela descoberta desta correlação. William começou a analisar uma 23ª constelação usada pelos maias, que continha apenas três estrelas. A localização de duas dessas três correspondia à posição de duas cidades o que levou o jovem a considerar a existência da 118ª cidade maia, num local remoto e inacessível na Península de Yucatán, no México.

Crédit photo : Le journal de Montréal

As análises realizadas às imagens recolhidas por satélites de diferentes agências espaciais confirmaram a existência de vestígios de uma pirâmide e trinta edifícios, precisamente no local identificado pelo jovem.

A descoberta de William Gadoury transformou-o na mais recente estrela da NASA, da Agência Espacial canadiana e da Agência Espacial japonesa e está prestes a ser publicada numa revista científica. A comprovação da teoria valeu-lhe também o primeiro prémio na Exposição de Ciência do Québec e foi convidado para uma apresentação na Agência Espacial do Canadá.


William Gadoury começou a interessar-se pela civilização maia quando foi publicado o calendário maia que (supostamente) anunciava o fim do mundo em 2012 (trata-se apenas do fim de um ciclo e início de outro). O adolescente teve conhecimento das 22 constelações no Códice de Madrid – um texto escrito com carateres hieroglíficos sobre papel produzido a partir da casca de algumas árvores. O Códice de Madrid foi escrito por oito pessoas diferentes e o seu nome deve-se à cidade onde está arquivado, no Museu da América na capital espanhola.

Baseando-se na informação contida no códice, o adolescente conseguiu ligar as estrelas das constelações para criar formas e por cima delas desenhou as constelações maias com ajuda de um mapa do Google Earth.

Através deste processo descobriu que 142 estrelas correspondem a 117 cidades maias da península de Yucatán (México). As estrelas mais brilhantes correspondem às maiores cidades maias.

A teoria de sobreposição das constelações às cidades desenvolvida por William Gadoury também se aplica às civilizações asteca, inca e harapa (no Paquistão).


O jovem atribuiu à cidade que descobriu o nome K’ÀAK ‘CHI’, que significa literalmente “boca de incêndio”.

“Não entendia porque é que os maias construíram as suas cidades longe dos rios, em terras pouco férteis e nas montanhas. Tinha que existir outra razão e como eles adoravam as estrelas, tive a ideia de verificar a minha hipótese. Fiquei realmente surpreso e animado quando percebi que às estrelas mais brilhantes das constelações correspondiam as maiores cidades maias”, disse William Gadoury ao jornal canadiano.

A cidade recém-descoberta fica em plena selva mexicana e ainda não foi visitada. O jovem já entrou em contacto com com dois arqueólogos mexicanos a quem apresentou o seu trabalho, mas estes não tiveram oportunidade de se deslocar ao local e iniciar as pesquisas arqueológicas.

A razão pela qual ainda não o fizeram nada tem a ver com a credibilidade da descoberta, mas com falta de recursos. “É sempre por uma questão de dinheiro. Organizar uma expedição é terrivelmente caro”, disse Armand LaRocque, especialista em teledeteção da Universidade de Nouveau-Brunswick no Canadá ao jornal de Montréal.

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