terça-feira, 28 de junho de 2016

Actividade solar é a mais baixa desde 1906. Teremos uma “mini Era do gelo”?

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Pela segunda vez este mês, especialistas relataram que o sol entrou em um modo extremamente “silencioso” – ou seja, em baixa actividade.

As imagens, fornecidas pela NASA, não mostram quaisquer manchas ou actividades solares, que são sempre visíveis em sua superfície. Segundo os astrónomos isso não é incomum pois, a actividade solar aumenta e diminui em ciclos de 11 anos, e actualmente estamos no ciclo 24, iniciado em 2008. No entanto, se essa tendência actual continuar, eventualmente, a Terra poderá enfrentar uma “mini era do gelo”, de acordo com os pesquisadores.

Essa baixa actividade não havia sido relatada desde o ciclo 14, que atingiu seu máximo em fevereiro de 1906. Segundo os pesquisadores, no dia 4 de junho de 2016, o Sol ficou completamente impecável e sua actividade se manteve baixa por cerca de quatro dias. Este período de inactividade foi chamado de modo “cue ball”, representado por uma bola perfeitamente lisa, como as usadas em mesas de bilhar.


O ciclo solar anterior, de número 23, atingiu seu pico em 2000-2002, quando foram reportadas intensas tempestades solares. Durante esse período, chamado de Máximo Solar, foram observadas enormes manchas e erupções solares em ocorrência diária. Em consequência disso, auroras apareceram na Florida e tempestades de radiação derrubaram o sinal dos satélites.

Entretanto, durante o Mínimo Solar, ocorre exactamente o oposto. As labaredas solares são quase inexistentes e durante semanas não são observadas qualquer mancha, por mais minúscula que seja, no Sol. E isto é exactamente o que estamos experimentando agora.

Esse mínimo de manchas solares prologadas é conhecido como Mínimo de Maunder. Um nome utilizado para identificar o período que se iniciou em 1645 e prosseguiu até 1715, em que as manchas solares se tornaram excessivamente raras, caracterizando uma ‘mini era do gelo’. Em ocorrência disso, nessa época, o rio Tamisa, em Londres, congelou completamente, enquanto as geadas se tornaram comum em várias partes do globo.

A conexão entre a actividade solar e o clima terrestre ainda é uma área de investigação em curso na ciência. No entanto, muitos pesquisadores estão convencidos de que a baixa actividade solar, agindo em conjunto com o aumento da actividade vulcânica e as possíveis mudanças nos padrões de correntes oceânicas, desempenharam um papel muito importante no longo inverno do século 17.

Entretanto, um estudo realizado ano passado, e apresentado pela professora Valentina Zharkova, durante o Encontro Nacional de Astronomia em Llanduno, afirmou ter descoberto uma forma de prever os ciclos solares. Segundo os pesquisadores, entre 2020 e 2030, os ciclos se anularão mutuamente, possivelmente levando a outro Mínimo de Mauder e caracterizando uma perda de 60% de actividade solar. O modelo também prevê que durante o ciclo 26 (2030 – 2040) duas ondas extremamente fora de sincronia irão causar uma queda ainda mais significativa nessa actividade.

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