Pequim, super-cidade onde vivem cerca de 20 milhões de pessoas, tem vindo a afundar-se 11 centímetros a cada ano. Os cientistas avisam. Mas nada muda.
Além dos arrepiantes níveis de poluição, a capital chinesa tem este outro problema: o de estar a afundar-se. E isto acontece com uma gravidade maior na área central da cidade, o coração dos negócios e das finanças do país.
A construção agressiva de arranha-céus nos últimos anos começa a pesar no subsolo de Pequim. Mais: a retirada excessiva de águas subterrâneas está a contribuir largamente para a secagem da base de toda uma cidade. O subsolo vai ficando progressivamente mais compactado.
Isto vai começar por ter um enorme impacto nas infraestruturas ferroviárias, alertam os cientistas, com base no estudo publicado recentemente no "Remote Sensing" e citado esta sexta-feira pelo jornal "The Guardian". Depois, irá afetar os edifícios do distrito de Chaoyang.
As dezenas de milhares de poços de água dispersos pela cidade, sobretudo para servir terrenos agrícolas e paisagísticos, são usados em excesso e sem a necessária fiscalização ambiental.
Pequim não é caso inédito. A Cidade do México sofre do mesmo mal e afunda-se a um ritmo mais acelerado: 28 centímetro por ano. E Banguecoque, na Tailândia, parece acompanha o ritmo chinês com 12 centímetros anuais.
Fonte: JN
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