quarta-feira, 14 de setembro de 2016

Localizadas mais de mil milhões de estrelas da Via Láctea


As estrelas foram localizadas com precisão, um feito histórico para a Agência Espacial Europeia. O mapa foi concebido e criado em Lisboa

A Agência Espacial Europeia (ESA, em inglês) apresentou esta quarta-feira um catálogo que mostra a localização exata de mais de mil milhões de estrelas da Via Láctea, com os dados recolhidos pela missão espacial Gaia.

Com o satélite Gaia, que localizou 1142 milhões de estrelas, a ESA pretende criar um mapa 3D preciso da Via Láctea, como afirma no seu site. O Gaia captou ainda as distâncias e os movimentos pelo universo de mais de dois milhões de estrelas na Via Láctea, a que pertence o sistema solar da Terra.

As primeiras versões deste mapa, em 2D, foram concebidas e criadas em Lisboa, pelo grupo CENTRA, da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa. André Moitinho explica ao DN que este é um trabalho que estão a fazer há quase seis anos e que o "grande desafio foi encontrar uma forma de tornar inteligível um conjunto tão grande de dados".

"Com mais de mil milhões de estrelas, é o maior mapa de sempre feito a partir de uma única missão, e também é o mais preciso", disse Anthony Brown, um membro da equipe de pesquisa Gaia, numa conferência de imprensa em Madrid, segundo o jornal Le Figaro.

Os cientistas reconhecem o grande feito, mas afirmam que na verdade este catálogo representa menos de 1% das estrelas da Via Láctea, onde devem existir entre 100 e 200 mil milhões de estrelas.

"O Gaia está na vanguarda da astronomia, mapeando o céu com precisões que nunca foram alcançadas antes", afirmou Álvaro Giménez, diretor de Ciência da ESA, no site da agência.

"O lançamento de hoje dá-nos uma primeira amostra dos dados extraordinários que nos esperam e que vão revolucionar a nossa compreensão de como as estrelas são distribuídas e se movem por toda a nossa galáxia", continua Álvaro Giménez.

A missão espacial Gaia foi lançada em dezembro de 2013, mas apenas começou a recolher dados em 2014, registando diariamente dados sobre 50 milhões de estrelas. Foram revelados agora os dados que o satélite recolheu durante os primeiros 14 meses a analisar o universo.

Fonte: DN

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