quinta-feira, 8 de setembro de 2016

NASA lança sonda para recolher amostras de asteroide primitivo


Parte esta noite a missão Osiris-Rex, com destino ao asteroide Bennu, que já existia na altura da formação da Terra. A amostra pode responder a muitas perguntas sobre a vida no nosso planeta.

É lançada esta quarta-feira a sonda Osiris-Rex, uma missão da NASA para estudar o asteroide Bennu, uma rocha com perto de 500 metros de diâmetro que pode dar muitas respostas sobre a origem da vida na Terra. O lançamento está previsto para esta noite, mas a sonda só deverá atingir o asteroide em 2019.

De acordo com Adriana Ocampo, a líder do programa New Frontiers da NASA, o objetivo de visitar Bennu é “caracterizá-lo em profundidade, porque se trata de um dos corpos mais antigos do Sistema Solar. Encerra os seus segredos mais básicos, talvez as moléculas que deram origem à vida na Terra”. Ao El Mundo, a responsável da NASA assegura que “é a primeira vez que se vai extrair uma amostra de um asteroide tão antigo”.

A missão da Osiris-Rex consiste em analisar detalhadamente a superfície do asteroide, criando um mapa pormenorizado daquele corpo celeste, e em recolher uma amostra do seu material. A ideia será trazer até dois quilogramas de pó e rochas, que regressarão à Terra numa pequena cápsula para posterior análise.

Os asteroides são dos corpos mais estudados pelos cientistas espaciais, porque, tendo resultado de fragmentações primitivas, muitos mantêm ainda a composição inicial — que tinham, por exemplo, na altura em que a Terra se formou. Analisar os compostos desses asteroides pode mostrar como era composto o nosso planeta na altura da sua formação.

Bennu é um destes asteroides. “Pertence à família dos asteroides troianos. Chamamos-lhes de tipo B, e são os mais primitivos”, esclarece Adriana Ocampo. “Acreditamos que asteroides como Bennu bombardearam a Terra quando era muito jovem, há milhares de milhões de anos, semeando a estrutura que permitiu o surgimento de vida”.

O regresso à terra está previsto para setembro de 2023, altura em que os investigadores da NASA poderão proceder à análise dos materiais recolhidos. Pode acompanhar aqui toda a cronologia da missão.


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