quinta-feira, 3 de novembro de 2016

Parecem humanos, mas são robôs sexuais. E estão à venda


Novos robôs sexuais vão falar e responder ao toque, para além de serem quentes. Especialistas dizem que em breve robôs e humanos vão casar-se

Um especialista em robótica prevê que em 2017 os robôs sexuais vão atingir um novo nível de realismo. Eles vão parecer completamente humanos - em altura, peso, temperatura corporal e nos órgãos sexuais - e vão conseguir responder ao toque e interagir durante as relações sexuais.

"O próximo grande avanço vai permitir-nos usar a tecnologia para encontros íntimos - para nos apaixonarmos, para fazermos sexo com robôs e até casar com eles", afirmou o especialista David Levy, num artigo publicado no Daily Mail.

Empresas como a Abyss Creations já têm trazido para o mercado robôs anatomicamente corretos e com vários detalhes reais, mas o próximo passo é que vai mudar tudo, segundo Levy.

É uma questão de tempo até os relacionamentos entre humanos e robôs se tornarem a norma


À medida que a tecnologia vai avançado e se tornando mais acessível, os bonecos vão tornar-se mais humanos. Por exemplo, pele sintética com sensores eletrónicos vai permitir aos bonecos reagir ao toque e recorrendo à Inteligência Artificial, os robôs vão conseguir conversar e desenvolver técnicas de sedução, como sussurrar.

Há ainda a ideia de criar robôs com personalidade e gostos em comum com o dono, o que deve aumentar as hipóteses de um relacionamento amoroso.

Os novos robôs, como os que estão a ser desenvolvidos pela empresa norte-americana Abyss Creations, deverão chegar ao mercado no próximos ano e custar cerca de 13 mil euros.

David Levy afirma ainda que, a este passo, até 2050 as pessoas vão casar com estes robôs. Segundo o especialista, é apenas uma questão de tempo até os relacionamentos entre humanos e robôs se tornarem a norma.

"Não tenho dúvidas de que alguns vão achar estranho, mas podemos ter certeza disto: a chegada de robôs sexualmente responsivos vai ter grandes consequências", disse o especialista.

Helen Driscol, professora de psicologia e investigadora da Universidade de Sunderland, no Reino Unido, concorda com esta previsão. A especialista acrescenta que o conceito do que é normal em termos de sexualidade está sempre a alterar-se e que o sexo virtual já é uma realidade para muitos.

"Afinal, um parceiro virtual é melhor do que nenhum parceiro"


Driscol diz que o número de relações amorosas à distância pela internet vai aumentar e também o número de pessoas que se apaixona por robôs.

"O facto é que as pessoas já se apaixonam por personagens ficcionais sem terem qualquer hipótese de as conhecerem ou interagirem com elas", explica a professora, num artigo publicado no Huffington Post.

Há ainda muitas pessoas solitárias que vão recorrer a parceiros robóticos pelo benefício psicológico. "Afinal, um parceiro virtual é melhor do que nenhum parceiro", diz Driscol.

"Os robôs sexuais vão preencher um grande vazio na vida das pessoas solitárias que não são amadas, criando uma satisfação emocional e sexual que vai substituir a solidão e a frustração sexual", explica David Levy.

"À medida que a realidade virtual se torna mais realista e capaz de imitar e melhorar a experiência sexual com um parceiro humano, é possível que algumas pessoas a prefiram em vez de fazerem sexo com um humano imperfeito", explica a Helen Driscol.

Para já, David Levy coloca uma série de questões éticas que só serão respondidas com o tempo. O especialista faz perguntas como se ter relações sexuais com um robô é uma forma de traição, qual é a diferença entre apaixonar-se por um robô e um humano e qual será o futuro das relações amorosas.

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