terça-feira, 20 de dezembro de 2016

Capaz de voar até a borda do espaço, avião movido a energia solar pode ser testado em 2018

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Um avião alimentado pela luz solar capaz de voar até a borda do espaço, a uma altitude de 75 mil pés, poderá ser lançado em missão de cinco horas até o final de 2018.

Desenvolvido pela Solar Stratos, o modelo possui apenas 8,5 metros, funciona com um motor elétrico de 32 kWh e uma bateria de lítio-íon de 20 kWh. A missão de teste em questão servirá para testar piloto e aeronave em temperaturas frias e pressões extremamente baixas, de acordo com informações do jornal Daily Mail.


Construído pelo PC-Aero, o modelo pode acomodar até duas pessoas, sendo capaz de aguentar mais de 24 horas de voo. As baterias de são carregadas por meio de células solares localizadas acima de cada uma das asas. De acordo com a Solar Stratos, é o primeiro avião solar comercial de dois lugares e será o primeiro modelo solar a passar a estratosfera. Espera-se que, em sua primeira missão, ele leve cerca de duas horas para subir ao espaço, 15 minutos para “ficar com as estrelas” e três horas para descer à Terra.


Porque a aeronave não é pressurizada, os pilotos deverão usar trajes espaciais de astronautas para voar. De onde ficarão, serão capazes de ver a curvatura da Terra e testemunhar a presença de estrelas mesmo durante o dia. “Para além desta aventura, o nosso projeto é abrir uma porta para uma aviação comercial eléctrica ou solar à beira do espaço, com o objetivo de realizar viagens únicas com passageiros ou cientistas”, explicou o site da empresa. “Durante cem anos foi necessário usar grandes quantidades de energia ou hélio para atingir a estratosfera. Não seria essencial ir mais alto para mostrar a capacidade de energia renovável, aqui na superfície do nosso Planeta?”.


Sobre os contras da missão, a empresa ressalta que, em razão da altitude, os pilotos não poderão abandonar o avião para usar um paraquedas e durante a viagem poderão experimentar temperaturas de até -70° Celsius, juntamente com pressões em torno de 5% da que sentimos aqui na Terra. Embora a missão seja um desafio tanto para as capacidades humanas quanto tecnológicas, ela de fato poderia abrir um novo caminho envolvendo viagens a bordo de modelos alimentados por energia renovável.


O anúncio vem apenas alguns meses depois de o modelo Solar Impulse II, também alimentado por energia solar, ter feito o seu primeiro voo de volta ao mundo. No mesmo segmento, em 2012, o piloto Raphaël Domjan liderou e concluiu a primeira viagem de volta ao mundo a bordo de um barco alimentado por luz solar. “É necessário ir ainda mais longe e ultrapassar o que foi conseguido com os combustíveis fósseis”, disse Domjam à época.



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