quinta-feira, 23 de fevereiro de 2017

Há 3453 exoplanetas já identificados


O primeiro exoplaneta descoberto foi o 51 Pegasi b, identificado em 1995 pela equipa do astrónomo suíço Micel Mayor, do Observatório de Genebra

A descoberta do primeiro exoplaneta aconteceu em 1995, e foi feita pela equipa do astrofísico suíço Michel Mayor, do Observatório de Genebra. Com o caminho aberto por esse trabalho pioneiro, a investigação nesta área avançou então, primeiro quase a conta-gotas. Depois, com os métodos cada vez mais aperfeiçoados e com novas tecnologias, a identificação destes novos mundos distantes, a orbitar outras estrelas da Via Láctea, entrou em velocidade de cruzeiro.

Hoje existem mais 3453 exoplanetas confirmados e 577 sistemas solares identificados, e há ainda quase cinco mil candidatos à espera de confirmação.

Em 2009, quando a NASA lançou para órbita o telescópio espacial Kepler, para fazer especificamente estas observações, os estudos mudaram de escala: a descoberta de novos exoplanetas multiplicou-se, porque se tornou possível detetar um maior número de planetas mais pequenos e rochosos. Primeiro descobriam-se planetas isolados e maiores, os chamados gigantes gasosos, como Júpiter, e depois tornou-se possível identificar planetas cada vez mais pequenos, até se chegar ao tamanho da Terra, e à descoberta de sistemas solares inteiros, como este, agora, com as suas sete "Terras".

O primeiro sistema solar com mais parecenças com o nosso, foi anunciado em agosto de 2010, depois de ter sido identificado a partir da Terra, com o telescópio do European Southern Observatory (ESO) de La Silla, no Chile. A equipa integrava dois astrofísicos portugueses: Alexandre Correia, da Universidade de Aveiro, e Nuno Santos, do Instituto de Astrofísica e Ciências (IA) e da Universidade do Porto. Este é também o cientista português que há mais tempo trabalha nesta área, e que mais exoplanetas tem no currículo.

Mas há outros cientistas portugueses a trabalhar nesta área e envolvidos em algumas descobertas marcantes. Jorge Martins, também do Instituto de Astrofísica e Ciências do Espaço, por exemplo, foi o principal autor da investigação que em abril de 2015 conduziu à primeira observação direta de um exoplaneta - o 51 Pegasi b, que já tinha um lugar único na história da astronomia por ter sido o primeiro a ser detetado, em 1995, pela equipa de Michel Mayor. A observação, feita graças a nova técnica desenvolvida no próprio IA, permitiu detetar pela primeira vez o espetro da luz refletida por um exoplaneta.

Fonte: DN

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