terça-feira, 12 de outubro de 2010

A história do Avro Tudor IV – Star Tiger


29 de Janeiro de 1948 – O último voo do Star Tiger

Quinta-feira, 29 de Janeiro de 1948, o Star Tiger um avião de luxo da Bristish South American Airways deslocava de Londres, para um voo transatlântico com destino à cidade de Havana em Cuba.
O Star Tiger era um Avro, Tudor IV, pós guerra, avião de linha aérea de luxo com cabina pressurizada, com quatro motores. O Tudor foi desenhado para usar as asas e os motores do bombardeiro Avro Lancaster, utilizado pela RAF na Segunda Guerra Mundial, ... com uma fuselagem mais volumosa e espaçosa que o bombardeiro do tempo da guerra.
O Tudor IV, tinha cinco saídas de emergência, levava três botes de borracha, um equipado com um rádio transmissor e fora colocado coletes salva-vidas debaixo das cadeiras dos passageiros e no compartimento da tripulação.
A bordo do Star Tiger estavam 25 passageiros e 6 tripulantes, no controlo da aeronave estava o piloto veterano BSAA Capt. David Colby.
A primeira fase do voo do Star Tiger, Londres para Santa Maria nos Açores.
Daqui tomou rumo a sudoeste pelo oceano atlântico, a próxima escala era Hamilton nas ilhas Bermudas.
Mas o Star Tiger durante a sua travessia pelo oceano atlântico encontrou ventos a 100 Km/hora (60 milhas/hora) vindo das Américas. A velocidade do Tudor ficou reduzida, para uma velocidade muito lenta.
Precisamente à 1 hora da manhã de sexta-feira, 30 de Janeiro de 1948, o Capt.
Colby pegou no microfone e enviou uma mensagem de rádio para as Ilhas Bermudas. Estava aproximadamente a 40 milhas (708 Kms) a nordeste das Bermudas e a resistir a ventos muito fortes.
“Roger, Star Tiger. Mantenha-nos informados.”
Todo o pessoal da torre de Hamilton olhou para o relógio. Star Tiger ainda tinha bastante combustível nos tanques, se o Capt. Colby não consegui-se alcançar as Bermudas até às 3:15 horas da manhã, então teria de amarar no oceano. Quando a torre de Hamilton foi informada, que o Tudor IV estava atrasado, tentou estabelecer contacto via rádio, mas sem sucesso. Então o comando aéreo de busca e salvamento foi alertado.
O Star Tiger era um avião hermeticamente pressurizado, caso não fica-se danificado, todos os passageiros e tripulação teriam tempo de proceder às tarefas de salvamento nos botes de borracha que transportava.
A temperatura da água na área de busca era aproximadamente de 18ºC, significava que existia uma boa chance deles conseguirem colocar os botes que estavam a bordo. Cada um dos botes salva-vidas estava equipado com um kit de sobrevivência, incluía uma “Gibson Girl” um pequeno
rádio de mão, desenhado para ser segurado entre os joelhos.
Operava na faixa dos 500 quilociclos, rádio limitado a 50 e a pouco mais de 100 milhas (80 a 160 Kms).
O responsável pela busca e salvamento da base da Força Aérea dos Estados Unidos nas Bermudas era o comandante Coronel Thomas D. Ferguson.
Duas Fortalezas Voadoras B 17, da USAF da base de Kindley das Bermudas e outro da base de MacDill na Florida, foram os primeiros a iniciar as buscas.
Juntando-se depois dois bombardeiros B 25 e um C 47 avião de transporte da base Mitchell, Long Island, N.Y.; três aviões anfíbios PBY 2 da Guarda Costeira dos Estados Unidos e 14 aviões do Comando Aéreo de Transporte.
A Guarda Costeira dos EUA enviou 3 navios para a área – USS Mendota, USS Cherokee e o USS Androscogin. Foi a maior operação de busca e salvamento dos anos 40.
Depois de intensas buscas, nada se encontrou não havia escombros do Star Tiger à superfície do oceano. O avião tinha desaparecido.
Com o passar das horas as condições atmosféricas pioraram. Os pilotos de busca e salvamento informaram que o tempo era tempestuoso, com ondas de (40 pés) 12 metros de altura.
Foi recebida uma mensagem estranha de um navio a vapor que navegava na área o S.S. Trovador. Na plenitude da tempestade, a tripulação tinha observado uma luz estranha no céu. Avião voando baixo com as luzes que piscam às 2:10 horas da manhã, entre as Ilhas Bermudas e a entrada da Baía de Delaware. 
Os funcionários afirmaram que devia ter sido um dos seis aviões da Pan American que voaram naquela noite. Embora a luz tivesse tomado a direcção errada – para noroeste.
As coisas tinham adquirido um estado estranho, até que foi novamente reavivada com esperanças para os sobreviventes com as informações de rádios amadores e profissionais de Halifax, para Miami, tinham interceptado mensagens de rádio em código que soletrada formava a palavra TIGER. Outros informaram a audição que a palavra STAR TIGER fora soletrada. As mensagens em código foram escutadas num canal internacional de comunicação de fonia de emergência, porém a voz não fora usada.
A marinha dos EUA e oficiais da Força Aérea Real do Canadá, informaram que os sinais eram de um código improvisado, em que alguém emitira um ponto para UM, dois pontos para B, assim sucessivamente.
Os sinais foram escutados na última noite de terça-feira, 3 de Fevereiro de 1948, e não foram escutados durante o dia. Estes acontecimentos ocorreram 4 dias depois dos tanques do Star Tiger, já não terem combustível.
Foram feitas escutas rádio sofisticadas na esperança de localizar a misteriosa transmissão, mas os sinais não foram repetidos, aquele canal de rádio continuou silencioso. Nunca foi encontrado qualquer destroços do Star Tiger.
No dia 28 de Setembro de 1948, o Ministério da Aviação Civil do reino Unido, emitiu um relatório final do desaparecimento, em conclusão afirmava:
Na completa ausência de qualquer evidência segura sobre a causa e natureza do desastre do Star Tiger, o tribunal não pode fazer mais do que sugerir, que não existe nenhuma possibilidade ou probalidade de se conhecer defacto o que aconteceu.
Existe um pós-escrito curioso ligado à história do Star Tiger. Entre os passageiros encontrava-se o Marshall do Ar o Senhor Arthur Coningham da RAF. Na Segunda Guerra Mundial, ele “comandou a 2ª Força Aérea Táctica dos Aliados” e foi considerado como o melhor estratega do mundo no uso do poder táctico aéreo:
Foi o braço direito do General Eisenhower nas operações aéreas em 1945.
O Senhor Arthur copilou os relatórios sobre os “foo-fighters” (OVNIS), observados pelas Forças Aliadas na Europa.
Quando o Marshall desapareceu abordo do Star Tiger, toas as informações acerca dos OVNIS desapareceram com ele.
(Veja o Livro “Limbo Perdido de John William Spencer, Bantam Books, New York. N.Y., 1973, páginas 22 a 30).

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