quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

Hoje foi Iraque… Quem se segue…
Forças americanas encerram missão no Iraque
As tropas dos Estados Unidos fecharam esta quinta-feira o seu quartel-general no Iraque e recolheram a bandeira americana hasteada no local há nove anos. Este foi o momento que marcou simbolicamente o fim da sua presença no país que invadiram para derrubar Saddam Hussein e criar um "novo Médio Oriente".

Imagem: AFP7ALI AL-SAADI

"É um acontecimento histórico, já que há oito anos, oito meses e 26 dias, como comandante-adjunto, dei a ordem para que as tropas da terceira divisão cruzassem a fronteira", afirmou o general Lloyd Austin, que comanda as forças americanas neste país e que acaba de ser nomeado chefe do Estado-Maior adjunto.
O militar acabava de recolher solenemente a bandeira das forças americanas no Iraque (USF-I), a poucos dias da partida dos últimos soldados americanos.
Embora os oradores, em particular o secretário de Defesa Leon Panetta, tenham homenageado a valentia dos soldados americanos, também expressaram a esperança de que as forças iraquianas, cerca de 900 mil homens, possam enfrentar os perigos que ainda ameaçam o país.
Esta cerimónia marca o fim de um episódio histórico, agitado e sangrento durante o qual os Estados Unidos acreditaram que, eliminando o ditador Saddam Hussein, ganhariam automaticamente a confiança dos iraquianos.
Mas este roteiro fracassou rapidamente devido aos erros, em particular o desmantelamento do exército e dos serviços secretos ou a limpeza implacável dos ex-membros do Baath, o ex-partido no poder.
A invasão do Iraque pelos Estados Unidos, sem a aprovação da ONU, culminou com a queda de Saddam Hussein, 24 anos após a sua chegada ao poder.
Desta maneira, deixaram o campo livre para uma revolta muito violenta e não conseguiram impedir uma guerra sectária sangrenta entre xiitas e sunitas.
Os americanos reconstruíram a partir do zero o exército, a polícia e as instituições, ao mesmo tempo que reativaram a frágil economia favorecendo o consumo graças às importações, sem direitos alfandegários, de automóveis e eletrodomésticos, apesar de serviços básicos como eletricidade e água potável continuarem a ser aleatórios.
Foi a partir de 2007 e, sobretudo, de 2008, que os Estados Unidos conseguiram mudar o curso da guerra que estavam a perder e enviaram 170 mil soldados para o campo de modo a paralisar a ação dos insurgentes.
Também tiveram de favorecer o regresso de chefes tribais sunitas revoltados com os abusos cometidos pelos combatentes da Al-Qaeda, inicialmente recebidos como protetores diante dos xiitas que se apropriavam do poder.
O presidente americano, Barack Obama, saudou "um triunfo extraordinário, que levou nove anos", e destacou "o duro trabalho e sacrifício" que foram necessários.
"Conhecemos perfeitamente bem o preço elevado desta guerra. Mais de um milhão e meio de americanos serviram no Iraque. Mais de 30 mil deles foram feridos, e estes são apenas os feridos com ferimentos visíveis", acrescentou, referindo-se às sequelas psicológicas que alguns veteranos de guerra sofrem.
Os últimos soldados americanos, que viajam agora para o Kuwait, deixam o país nas mãos das forças de segurança iraquianas, reconhecidas como aptas para enfrentar as ameaças internas, mas por enquanto incapazes de garantir a segurança das fronteiras e de proteger o espaço aéreo e as águas territoriais do Iraque.
NOTA: E a história repete-se novamente os Americanos saem e deixam um país destruido em tudo. Como sempre sem uma vitória militar, até quando essa hipocrisia vai acabar…

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