FRENTE DE LIBERTAÇÃO DOS AÇORES
Na conjetura atual as dificuldades do povo português perante uma crise global e a situação dramática de Portugal, onde a pobreza já atinge valores galopantes não se vislumbra um futuro risonho, o povo açoriano começa a sentir na pele as causas de uma crise financeira criada e incentivada pelos grandes grupos financeiros e de banqueiros corruptos e sem escrúpulos estamos a voltar às décadas de 50 e 60 onde o fluxo de emigração para o Canadá e terras do Tio Sam causaram uma sangria e quase despovoamento de algumas ilhas Açorianas. Era a solução para não se morrer à fome, hoje caminhamos para um cenário idêntico.
Perante tal conjetura começasse a ouvir aos poucos o nome da FLA, já prolifera pelas mais diversas redes sociais, e aos poucos surgem os simpatizantes no dia 28 de Janeiro de 2012 a bandeira da FLA foi hasteada num propriedade privada e muitos Açorianos já começaram a substituir a bandeira dos Açores pela bandeira da FLA.
Mudam-se os tempos… Mudam-se as vontades…
Abaixo uma breve resenha histórica da FLA extraída da NET:
Esta é a bandeira da FLA
Frente de Libertação dos Açores – movimento independentista das ilhas açorianas, surgido no pós 25 de Abril de 1974, em consequência das “legítimas aspirações” do povo dos Açores à sua autonomia político e administrativa, iniciadas com o movimento autonomista da década de 1890. Tem as cores azul-marinho, que simboliza o céu e o mar que nos envolve, e o branco, simbolizando a pureza e a bondade do povo açoriano. Ao Centro, um açor de longas asas envolve nove estrelas que representam as nove ilhas dos Açores. Não há qualquer alusão a símbolos nacionais.
A sua utilização era proibida, mas foi hasteada no Palácio da Conceição, em P. Delgada, onde funcionava a sede do governador civil, no dia 6 de Junho de 1975, perante mais de dez mil manifestantes que reivindicavam a independência dos Açores e obrigaram o governador civil a demitir-se.
Açores
Encanto de nove ilhas de bruma entre o céu e o mar!
Stª Maria, S. Miguel, Terceira, Graciosa, S. Jorge, Pico, Faial, Flores, Corvo.
250 mil almas residentes, 750.000 na diáspora.
A 1.500km do continente europeu, a 5000Km do continente americano.
Céu nublado, por vezes encoberto. Mar encrespado de pequena vaga. Rajadas de vento forte ou muito forte…
Uma pequena economia asfixiada pela disparidade de preços entre a pátria mãe e as adjacentes ilhas.
Rações, adubos, cimenta, combustíveis, tudo, tudo sobrecarregados com elevados custos de transportes e grandes margens de comercialização dos detentores do monopólio das importações.
Elevadas taxas de juro, baixo preço do leite, pequenos agricultores e lavradores cheios de dívidas.
Também a inquietação da classe conservadora pelo receio da perda de benesses e regalias adquiridas
6 de Junho de 1975, a Revolta.
O renascer da açorianidade.
Pela primeira vez a palavra “Independência”.
(In A.O. de 6/6/2000)
Frente de Libertação dos Açores
Fonte da foto: http://www.portalsplishsplash.com/ |
A Frente de Libertação dos Açores (FLA) foi um movimento que, no contexto da Revolução dos Cravos em Portugal, pleiteou a independência dos Açores com relação aquele país. Foi uma organização similar à Frente de Libertação do Arquipélago da Madeira.
História
Destacou-se como líder da organização o antigo deputado da Acão Nacional Popular à Assembleia Nacional, José de Almeida.
Em sua gênese, o movimento apresentou carácter intimidatório, marcadamente hostil em relação aos indivíduos de outras sensibilidades políticas. Embora tenha tido forte apoio da burguesia da ilha de São Miguel - proprietários e latifundiários receosos de uma possível nacionalização das suas terras, à semelhança do que sucedia em Portugal Continental à época -, é difícil classificar a opção política da FLA, devido à própria indefinição política dos seus membros.
Sociologicamente esse grupo, em virtude da tradicional economia Micaelense, essencialmente agrária, tinha uma grande implantação local, com origem no sistema senhorial herdado do período do povoamento, e que à época ainda era preponderante.
José de Almeida tentou repetidas vezes negociar com o Departamento de Estado dos Estados Unidos da América as condições para uma presumida independência do arquipélago, tendo todavia aquele órgão rejeitado qualquer tentativa de contacto, por considerar a proposta irrealista.
Do ponto de vista económico, os "independentistas" propuseram como principais meios de subsistência do seu projetado Estado, a renda que deveria vir da base das Lajes, na Terceira, e o recurso à energia geotermal, para suprir as necessidades energéticas que adviriam de um isolamento inicial face a Portugal continental. Refira-se a este propósito a manifesta insuficiência dessas medidas, que não chegariam para assegurar a subsistência da população açoriana.
Apesar de todas as ações desenvolvidas no âmbito do plano de Acão da FLA (a maior parte delas criminosas)[1], não se conhece um seu responsável que tivesse sido condenado.
Presentemente, a FLA está desprovida de qualquer implantação local e persiste apenas como memória, sobretudo no imaginário daqueles que por ela foram responsáveis. Alguns dos seus ex-membros são hoje proeminentes figuras públicas do quotidiano açoriano, e um deles, João Bosco Mota Amaral, chegou inclusivamente a presidente da Assembleia da República.
Em 1975, vários dirigentes portugueses reuniram-se para deliberar o que fazer aos Açores e a Madeira. Uma parte defendia a imediata concessão da independência dos Açores e da Madeira. Outra parte, defendia a manutenção dos territórios insulares nas mãos portuguesas devido à Zona Económica Exclusiva. Ganhou a segunda fação.
Cronologia
6 de junho – "manifestações quentes" do 6 de junho em Ponta Delgada que culminam com a demissão do governador civil António Borges Coutinho, conotado com o MDP/CDE, por falta de apoio do governador militar Altino Pinto de Magalhães. Foi ainda invadido o emissor regional.[2]
12 de agosto – a FLA assegura que vai recorrer à violência para conseguir os seus objetivos de independência para os Açores[3]
18 de agosto – aprovadas moções exigindo a transferência para fora dos Açores dos militantes do PCP e "seus satélites", incluindo um padre.[3]
19 de agosto – destruição das sedes do PCP em Ponta Delgada e as sedes do PCP MDP/CDE e do MES em Angra do Heroísmo.[4]
Agosto - é criado o Exercito de Libertação dos Açores, braço armado da FLA. Numa reunião das FLA nas Canárias é decidido que o caminho para a independência pode ser abandonado se em Portugal se consolidar a linha do Grupo dos Nove.[4]
21 de outubro – É denunciado que a FLA acuta impunemente nas ilhas Terceira e São Miguel, com apoio ou tolerância das autoridades civis e militares.[3]
Outubro – são difundidos pela primeira vez pelo Radio Clube de angra, os princípios programáticos da FLA. É criado o "Esquadrão da Noite", organização unitária de auto defesa para lutar contra a FLA.
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