O presidente da República defendeu esta quarta-feira, em entrevista à TSF, que é "impossível impor mais austeridade" a um conjunto de portugueses mais vulneráveis, "a que agora se chama novos pobres", e disse que "é preciso olhar às pessoas".
Em entrevista à rádio TSF, divulgada esta quarta-feira, Aníbal Cavaco Silva afirmou que "as medidas não têm em conta as especificidades" dos grupos sociais atingidos por elas e esclareceu que não se refere apenas aos pensionistas quando fala em portugueses, a quem é impossível impor mais austeridade.
Famílias, sobretudo as endividadas e aquelas que sofreram cortes abruptos nos rendimentos, e também os microempresários, preocupam o chefe de Estado.
Quanto ao programa de ajuda externa, Cavaco Silva disse acreditar que Portugal não vai precisar de um segundo resgate, mas sublinhou que o cumprimento do programa imposto pela troika não garante um regresso aos mercados.
Ainda sobre a crise, e numa perspectiva europeia, Cavaco Silva criticou a actuação dos líderes comunitários e o seu posicionamento em relação às agências de rating.
"De facto surpreendo-me como é que 27 líderes europeus se deixam condicionar, e até chantagear, por três agências de rating norte-americanas"", revelou o presidente da República à TSF, numa entrevista em que pediu uma regulamentação para as agências que garanta "mais transparência".
Entrevista à TSF
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