Consulado-geral em Ponta Delgada e embaixada em Lisboa não emitem mais vistos: Açorianos vão ter de ir a Paris para emigrar para os EUA
24 Fevereiro 2012 [Regional]
A embaixada dos Estados Unidos em Lisboa e o consulado-geral em Ponta Delgada vão deixar de emitir vistos de emigração para portugueses, passando o processo a ser assegurado pela representação norte-americana em Paris.
Um comunicado da embaixada em Lisboa divulgado ontem anuncia que a partir do dia 1 de Março “todas as novas entrevistas para os vistos de imigrante para os EUA e da lotaria de vistos para residentes de Portugal e França passarão a ser efectuadas na embaixada dos EUA em Paris”.
A embaixada em Lisboa e o consulado geral em Ponta Delgada “deixarão de marcar ou conduzir entrevistas para IV [“immigrant visa” – vistos para imigração) ou DV [“diversity visa” – vistos destinados a preencher quotas de diversidade, em função de critérios como raça, por exemplo], refere o comunicado.
Os casos pendentes, “para os quais a entrevista já tenha sido feita”, serão processados pela embaixada em Lisboa e pelo consulado-geral em Ponta Delgada “até 30 de Maio”, acrescenta a representação norte-americana.
O comunicado adianta que as mudanças “dizem respeito apenas aos vistos de emigração, mantendo-se os demais procedimentos relativamente a vistos de não–emigrante para turismo, negócios, ensino e outros fins”.
A embaixada em Lisboa e o consulado-geral em Ponta Delgada “continuarão a oferecer alguns serviços relacionados com a imigração”, garantindo, nomeadamente, “todos os serviços consulares a cidadãos americanos, nomeadamente a emissão de passaportes, certidões de nascimento, ajuda de emergência para americanos em solo português, serviços notariais e o exercício do direito de voto eleitoral à distância”, indica o comunicado, aconselhando a visita à página http://portugal.usembassy.gov.
Assim, a partir de 1 de Março ficam suspensas as entrevistas destinadas a vistos de emigração mas continuam os restantes serviços.
Fim da emissão de vistos “dificulta” emigração
O presidente do Conselho Permanente das Comunidades Portuguesas considerou já que a decisão dos Estados Unidos de obrigar os portugueses que queiram emigrar a deslocarem-se a Paris “é uma forma burocrática de dificultar” a obtenção de visto.
Em declarações à agência Lusa, o presidente do Conselho Permanente das Comunidades Portuguesas, Fernando Gomes, disse que só tomou conhecimento da alteração, através da comunicação social portuguesa.
Reconhecendo que o Governo dos EUA tem uma política restrita em relação à imigração, Fernando Gomes considera, porém, que esta medida “é uma forma de dificultar” a concessão de vistos e de restringir as entradas no país.
O modelo actual “funcionava e funcionou durante tantos anos”, sublinhou, destacando ainda o custo económico que a alteração implica. A maioria dos candidatos portugueses à emigração para os EUA tem origem nos Açores e o facto de passarem a ter de se deslocar a Paris tem “um custo acrescido desnecessário”, critica.
Decisão não respeita relações “históricas e afectivas”
Entretanto, o Governo dos Açores considerou ontem que a decisão dos EUA de centralizar na Embaixada em Paris as entrevistas para obtenção de visto de imigrante por residentes em Portugal não respeita as “relações históricas e afectivas” com o arquipélago.
“Consideramos que não é uma boa notícia, não é um tratamento satisfatório para a região tendo em atenção a relação histórica e afectiva que nos une”, afirmou André Bradford, secretário regional da Presidência, em declarações à Lusa.
André Bradford salientou que apenas meia centena de açorianos pede anualmente visto de imigrante para os EUA, mas frisou que os residentes no arquipélago são obrigados a um “custo adicional” com esta decisão das autoridades norte-americanas, já que são obrigados a deslocar-se ao continente.
Nesse sentido, o secretário regional da Presidência revelou que o Governo dos Açores “já desenvolveu diligências no sentido de procurar soluções que permitam um tratamento adequado e justo” para os açorianos que pretendam obter o visto de imigrante nos EUA.
Uma das soluções, segundo André Bradford, pode passar pela “deslocação periódica aos Açores de um funcionário consular norte-americano”, o que permitiria “evitar a deslocação dos açorianos a Paris”.
Um comunicado da embaixada em Lisboa divulgado ontem anuncia que a partir do dia 1 de Março “todas as novas entrevistas para os vistos de imigrante para os EUA e da lotaria de vistos para residentes de Portugal e França passarão a ser efectuadas na embaixada dos EUA em Paris”.
A embaixada em Lisboa e o consulado geral em Ponta Delgada “deixarão de marcar ou conduzir entrevistas para IV [“immigrant visa” – vistos para imigração) ou DV [“diversity visa” – vistos destinados a preencher quotas de diversidade, em função de critérios como raça, por exemplo], refere o comunicado.
Os casos pendentes, “para os quais a entrevista já tenha sido feita”, serão processados pela embaixada em Lisboa e pelo consulado-geral em Ponta Delgada “até 30 de Maio”, acrescenta a representação norte-americana.
O comunicado adianta que as mudanças “dizem respeito apenas aos vistos de emigração, mantendo-se os demais procedimentos relativamente a vistos de não–emigrante para turismo, negócios, ensino e outros fins”.
A embaixada em Lisboa e o consulado-geral em Ponta Delgada “continuarão a oferecer alguns serviços relacionados com a imigração”, garantindo, nomeadamente, “todos os serviços consulares a cidadãos americanos, nomeadamente a emissão de passaportes, certidões de nascimento, ajuda de emergência para americanos em solo português, serviços notariais e o exercício do direito de voto eleitoral à distância”, indica o comunicado, aconselhando a visita à página http://portugal.usembassy.gov.
Assim, a partir de 1 de Março ficam suspensas as entrevistas destinadas a vistos de emigração mas continuam os restantes serviços.
Fim da emissão de vistos “dificulta” emigração
O presidente do Conselho Permanente das Comunidades Portuguesas considerou já que a decisão dos Estados Unidos de obrigar os portugueses que queiram emigrar a deslocarem-se a Paris “é uma forma burocrática de dificultar” a obtenção de visto.
Em declarações à agência Lusa, o presidente do Conselho Permanente das Comunidades Portuguesas, Fernando Gomes, disse que só tomou conhecimento da alteração, através da comunicação social portuguesa.
Reconhecendo que o Governo dos EUA tem uma política restrita em relação à imigração, Fernando Gomes considera, porém, que esta medida “é uma forma de dificultar” a concessão de vistos e de restringir as entradas no país.
O modelo actual “funcionava e funcionou durante tantos anos”, sublinhou, destacando ainda o custo económico que a alteração implica. A maioria dos candidatos portugueses à emigração para os EUA tem origem nos Açores e o facto de passarem a ter de se deslocar a Paris tem “um custo acrescido desnecessário”, critica.
Decisão não respeita relações “históricas e afectivas”
Entretanto, o Governo dos Açores considerou ontem que a decisão dos EUA de centralizar na Embaixada em Paris as entrevistas para obtenção de visto de imigrante por residentes em Portugal não respeita as “relações históricas e afectivas” com o arquipélago.
“Consideramos que não é uma boa notícia, não é um tratamento satisfatório para a região tendo em atenção a relação histórica e afectiva que nos une”, afirmou André Bradford, secretário regional da Presidência, em declarações à Lusa.
André Bradford salientou que apenas meia centena de açorianos pede anualmente visto de imigrante para os EUA, mas frisou que os residentes no arquipélago são obrigados a um “custo adicional” com esta decisão das autoridades norte-americanas, já que são obrigados a deslocar-se ao continente.
Nesse sentido, o secretário regional da Presidência revelou que o Governo dos Açores “já desenvolveu diligências no sentido de procurar soluções que permitam um tratamento adequado e justo” para os açorianos que pretendam obter o visto de imigrante nos EUA.
Uma das soluções, segundo André Bradford, pode passar pela “deslocação periódica aos Açores de um funcionário consular norte-americano”, o que permitiria “evitar a deslocação dos açorianos a Paris”.
Autor: Ana Coelho
NOTA: Esta tomada de decisão das autoridades Norte Americanas não é mais nem menos, dificultar a emigração dos Açorianos para aquele país. É do conhecimento geral o desemprego nos Açores é elevado e no contexto atual de crise a situação vai-se agravar. Para travar uma avalanche de emigração de Açorianos como aconteceu da década de 60, pois a nossa comunidade de emigrantes residentes naquelas paragens é grande e tudo indica que muitos vão queres tentar a sua sorte em terras do Tio Sam.
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