Ministro da Defesa acusa militares de
"instrumentalização política"
O ministro da Defesa diz que a carta aberta que lhe foi dirigida pela Associação de Oficiais das Forças Armadas é "instrumentalização política" por falar do BPN e 25 de Abril.
O ministro da Defesa caracterizou hoje a carta aberta que lhe foi dirigida pela Associação de Oficiais das Forças Armadas (AOFA) como "instrumentalização política" ao referir assuntos como o BPN e o 5 de Outubro. Na comemoração dos 50 anos do navio escola Sagres com a bandeira portuguesa, José Pedro Aguiar-Branco defendeu que não se deve confundir os militares com as associações que os representam e garantiu qualquer polémica no seio das Forças Armadas.
"A simples leitura dessa carta mostra que há quem queira instrumentalizar uma associação, digna respeitada e que tem o seu papel nas reformas que são precisas fazer nas Forças Armadas, para fazer política", afirmou.
Para o governante, a carta mostra que há "vocação para política e não vocação para a dinâmica militar, até de BPN se fala" e por isso recusa-se a dar "protagonismo a quem quer instrumentalizar cerca de 1.500 associados para fins de natureza política".
De acordo com a edição de hoje do Diário de Notícias, a AOFA escreveu uma carta aberta ao titular da pasta da Defesa considerando que "nada obriga" os oficiais das Forças Armadas a "serem submissos, acomodados (...) ignorantes e apolíticos".
A bordo do navio escola, o ministro garantiu não ter "receio" de uma revolta e que "não há nenhuma polémica nas Forças Armadas". "Convém não confundir associações com as Forças Armadas", resumiu. Aguiar-Branco também referiu não fazer política "à custa das Forças Armadas" e recusou "jogos de palavras" com expressões de determinada "terminologia", respondendo a uma questão se a carta era "fumaça".
"Quem fala em nome das Forças Armadas são as chefias e estamos a trabalhar em conjunto para resolver os problemas que também nas Forças Armadas há para as tornar mais fortes, prestigiadas e com mais capacidade operacional. E isso está a ser feito de forma tranquila e consistente com as chefias", disse.
O ministro da Defesa acusou na semana passada "alguns movimentos associativos" de militares de fazerem política onde esta "não devia ter lugar" e de "banalizarem" protestos, exortando todos os que não sentem "vocação" a abandonarem as Forças Armadas. Num discurso durante um almoço da revista Segurança e Defesa, Aguiar-Branco visou implicitamente a ANS, acusando-a de falar em nome de "milhares de homens e mulheres que servem na Forças Armadas" para "dar opiniões partidárias sobre a extinção de um feriado ou as condições salariais na função pública".
Hoje o ministro afirmou que não se deve confundir "as associações com quem quer protagonismo e fazer política à custa das mesmas porque falar do BPN, falar do dia 05 de outubro e fazer contraponto a políticas de Estado por intermédio das associações, que devem tratar dos problemas dos associados que representam, é confundir as coisas".
BPN É TABU... PARA OS NOSSOS POLITICOS...
O Sr. Ministro e o Governo estão a brincar com o FOGO, como eles ficam ofendidos quando se fala no BPN, pois todos eles teem rabos de PALHA, caso contrário à muito que o BANCO tinha ido à FALÊNCIA... São culpados, como os seus comparsas... E nós contribuintes estamos a pagar o que eles roubaram no BPN...
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