terça-feira, 27 de março de 2012

GUERRA COLONIAL - Boeing 707 na Força Aérea Portuguesa

O Boeing 707 foi um dos primeiros aviões comerciais a jato do mundo. Foi produzido pela Boeing, que com esse modelo, passou a ser a maior fabricante de aviões comerciais do mundo.
Histórico

Até a década de 1950, a Boeing era uma fabricante sem muito expressão, entre as muitas existentes nos Estados Unidos. Era conhecida apenas por suas aeronaves militares, e na verdade, o 707 nasceu como um projeto de nave de reabastecimento, conhecida como KC-135A. O Boeing 707 foi o primeiro a ter grande sucesso de vendas, bem como a primeira aeronave série 7X7 da Boeing. O seu principal concorrente era o Douglas DC-8 da ex-maior fabricantes de aviões comerciais, a Douglas. O DC-8 se mostrou um formidável concorrente, porém o Boeing 707 vendeu mais de mil unidades, vencendo a disputa entre as duas fabricantes.
Características
O 707 é um quadrijato, possuindo dois motores sob cada asa. A primeira linha aérea a operá-lo foi a Pan Am, realizando a rota Nova Iorque - Paris, em 26 de outubro de 1958.

O alcance do Boeing 707 é de aproximadamente 5.700 mn (10659 km), velocidade de cruzeiro de 815 km/h, e a capacidade de passageiros, de até 202 pessoas. O Boeing 737, o Boeing 727 e o Boeing 747 utilizaram muito da tecnologia do seu antecessor, e podem ser consideradas como descendentes diretos dele.
Produção
A produção do 707 começou em 1954 e terminou em 1978, embora as versões de uso militar tenham continuado em produção até 1991. A Boeing fabricou um total de 1.012 unidades do avião.


Boeing 707-3F5C na FAP
Quantidade: Max/inicial: 2
Em serviço: 0
Situação: Retirado
Este tipo de avião fez carreira na Força Aérea Portuguesa durante o periodo final no conflito nos cenários africanos.

Iniciou a sua carreira em 1971, com unidades sendo fornecidas à transportadora portuguesa TAP, para evitar problemas com embargos à utilização da aeronave.

A introdução do Boeing-707 na Força Aérea Portuguesa, passou a permitir o transporte de militares portugueses de avião, reduzindo o tempo da viagem que até então se fazia de navio.

Com o fim do conflito, a utilização desta aeronave deixou de ter sentido. Eles foram vendidos para a TAP, que no entanto utilizava Boeing-707 com características diferentes, pelo que os aviões portugueses acabaram sendo vendidos para a Força Aérea Italiana, onde ainda se encontravam em 2006.
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Victor
Nas minhas navegações pela net em sites de aviação, encontrei notícias sobre os Boeing 707 da FAP. Já num site italiano sobre aviação apareceu um vídeo que está à venda em DVD sobre estes dois aviões que estão ao serviço da Força Aérea Italiana como aviões de reabastecimento em voo.
Como é sabido depois da descolonização e do fim da guerra, os Boeing 707-300 da FAP passaram para a transportadora TAP, e esta manteve-os pouco tempo em serviço dado os motores com que vinham equipados serem de modelo diferente da restante frota de 707, tendo-os vendido à Força Aérea Italiana que os transformou em aviões tanque de reabastecimento em voo para os seus caças.
Quem quiser ter acesso ao visionamento do vídeo, e recordar os saudosos 8801 e 8802 basta ir ao seguinte site:
www.toscanavolo.it/dvd-pratica2007.html
Outro site onde podem ver fotos dos 707 é onda Força Aérea Italiana: 
http://www.aeronautica.difesa.it/
Os Boeing 707 marcaram uma época da aviação comercial e na FAP estiveram ao serviço desde 1971 transportando milhares de militares de e para as ex colónias. Estavam sediados no AB1 na Portela ao serviço dos TAM, na época Agrupamento de Transportes Aéreos Militares, tendo a FAP possuído dois aparelhos na versão 707-300 que é a versão mais alongada destes aparelhos, dado além desta existirem ainda a versão 100 e a 200.
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