quinta-feira, 29 de março de 2012


Rússia desenvolve equipamento para "soldados do futuro"

Na Rússia, está sendo desenvolvido um equipamento de combate para os “soldados do futuro” – um fato "blindado" de alta proteção. Os testes deste novo equipamento, que tem o nome de Ratnik (Guerreiro), deverão começar em junho próximo e, no ano que vem, poderá ser aprovado para utilização militar.
 
Se trata de um kit que inclui farda de proteção, equipamentos para comunicações, armamento e munições, assinala Vladimir Kormuchin, diretor-geral da companhia produtora, a Kirassa.
Da farda de proteção, que está sendo modernizada, fazem parte um macacão à prova de estilhaços, um colete à prova de bala, um capacete e outros equipamentos.
O equipamento de proteção da companhia Kirassa é feito em alutex, uma fibra especial. Trabalhos análogos estão sendo realizados também noutros países, tais como Alemanha, Itália, EUA e Israel. Os russos, utilizando técnicas e materiais sofisticados, já haviam desenvolvido outros kits de proteção. Se trata, em particular, do conjunto Permiatchka fabricado pela companhia Kirassa que desde 2002 tem sido adquirido pelo Ministério da Defesa, porém, em pequenas quantidades. Eis o que diz a respeito o diretor-geral da Kirassa, Vladimir Kormuchin:
"Este conjunto protege 90% do corpo humano contra estilhaços de minas, granadas e outro material explosivo. Além disto, ele garante proteção contra chamas durante, no mínimo, 15 segundos. O conjunto é feito em uma fibra com estrutura metálica desenvolvida no nosso país, a russar”.
A mesma fibra é utilizada na indústria atômica e na construção de foguetes. Sua particularidade consiste em que ela é 10 vezes mais leve e resistente que o aço. Além do macacão, o kit Ratnik compreende cerca de 20 elementos, entre eles um capacete de estrutura multilaminar e  um colete com placas cerâmicas à prova de bala. O novo conjunto protetor bloqueia a radiação ultravioleta e infravermelha, tornando o soldado “invisível”, mesmo na mira termovisora. O equipamento é considerado “leve” – o peso total de sua versão-padrão (macacão e colete de nível cinco de proteção) é inferior a 10 kg, e o da versão com colete de nível seis é de cerca de 20 kg. No entanto, os militares do Ministério da Defesa também estudaram os coletes de proteção fabricados no exterior. Eis o que diz a respeito Victor Baranets, observador militar do jornal Komsomolskaia Pravda:
"Um grupo de oficiais do Quartel-General das Tropas Terrestres viajou recentemente à Itália para ver o que se faz lá neste domínio. Constataram que os italianos avançaram muito, bem como os alemães e franceses. Essa viagem de oficiais russos foi uma visita de estudo mas, ao mesmo tempo, serviu para analisar".
Evidentemente, no processo da materialização do projeto Ratnik serão levadas em consideração as principais tendências mundiais existentes na fabricação de meios de proteção individual e de combate a curta distância.

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