Investigador da Lusófona defende, tal como outro investigador americano, que os EUA vão perder base estratégica para a China
A China está muito atenta a qualquer desinvestimento dos americanos na base das Lajes, porque já percebeu o potencial do espaço lusófono. Esta é a convicção de José Filipe Pinto, investigador e professor catedrático da Universidade Lusófona. “Da investigação que fiz, concluí que essa é uma intenção a médio prazo da China e que surge após uma relação que parecia ser cultural e ultimamente económica com o espaço lusófono – sobretudo no que refere a Macau”, adiantou ontem ao i. Confrontada com esta possibilidade, a embaixada chinesa disse desconhecer essa pretensão, preferindo não comentar qualquer informação. Fonte da embaixada remeteu para o governo português qualquer esclarecimento sobre a matéria: “Não conhecemos essa teoria, portanto para nós é infundada. Esse assunto diz respeito a Portugal e aos Estados Unidos e preferimos não comentar.”
Ainda assim, José Filipe Pinto não tem dúvidas: a “luso-esfera” é actualmente um “enorme campo de investimento para o chineses” e por isso existirão “apostas geoestratégicas a médio prazo, onde se insere a base das Lajes”.
Esta tese é defendida no livro “Lisboa, os Açores e os Estados Unidos” – lançado há poucos dias. O investigador defende ainda que Portugal deve pedir mais contrapartidas pela presença americana nos Açores.
Este suposto interesse chinês é também defendido por um investigador americano, Gordon G. Chang, que considera estratégica a recente escala do primeiro-ministro da China na ilha Terceira. No artigo “Bandeira Vermelha sobre o Atlântico, os chineses estão interessados em instalar-se na base das Lajes”, Chang – colunista de jornais como o “The New York Times” e “The Wall Street Journal” – aconselha ainda Barack Obama a transferir para as Lajes um comando militar actualmente sedeado na Alemanha para não perder o acesso à Europa e ao mar Mediterrâneo.
Negociações entre Portugal e EUAOs governos de Portugal e dos Estados Unidos estão a negociar medidas de minimização do impacto da retirada da força aérea norte-americana da Base das Lajes, confirmou ontem fonte oficial do Pentágono. A forte redução da presença militar norte-americana na base das Lajes, comunicada pelo Departamento de Defesa norte-americano ao governo português na semana passada, é “praticamente definitiva”, mas ainda há “sérias discussões sobre o processo” que estão em curso, disse à Lusa o major Robert Firman.
Segundo Firman, nos próximos dias o governo português deverá fazer um anúncio formal do resultado do processo negocial com as autoridades americanas, que foi lançado no início deste ano durante uma visita do ministro da Defesa, Aguiar Branco, a Washington. Sábado passado, o ministro dos Negócios Estrangeiros, Paulo_Portas, afirmou que Portugal vai tomar uma posição sobre esta redução da presença norte-americana, que terá um forte impacto na economia dos Açores, já que representa 10% a 15% do PIB da região e os cortes podem tirar 30 a 40 milhões à economia açoriana.
Fonte: Jornal i
Ainda assim, José Filipe Pinto não tem dúvidas: a “luso-esfera” é actualmente um “enorme campo de investimento para o chineses” e por isso existirão “apostas geoestratégicas a médio prazo, onde se insere a base das Lajes”.
Esta tese é defendida no livro “Lisboa, os Açores e os Estados Unidos” – lançado há poucos dias. O investigador defende ainda que Portugal deve pedir mais contrapartidas pela presença americana nos Açores.
Este suposto interesse chinês é também defendido por um investigador americano, Gordon G. Chang, que considera estratégica a recente escala do primeiro-ministro da China na ilha Terceira. No artigo “Bandeira Vermelha sobre o Atlântico, os chineses estão interessados em instalar-se na base das Lajes”, Chang – colunista de jornais como o “The New York Times” e “The Wall Street Journal” – aconselha ainda Barack Obama a transferir para as Lajes um comando militar actualmente sedeado na Alemanha para não perder o acesso à Europa e ao mar Mediterrâneo.
Negociações entre Portugal e EUAOs governos de Portugal e dos Estados Unidos estão a negociar medidas de minimização do impacto da retirada da força aérea norte-americana da Base das Lajes, confirmou ontem fonte oficial do Pentágono. A forte redução da presença militar norte-americana na base das Lajes, comunicada pelo Departamento de Defesa norte-americano ao governo português na semana passada, é “praticamente definitiva”, mas ainda há “sérias discussões sobre o processo” que estão em curso, disse à Lusa o major Robert Firman.
Segundo Firman, nos próximos dias o governo português deverá fazer um anúncio formal do resultado do processo negocial com as autoridades americanas, que foi lançado no início deste ano durante uma visita do ministro da Defesa, Aguiar Branco, a Washington. Sábado passado, o ministro dos Negócios Estrangeiros, Paulo_Portas, afirmou que Portugal vai tomar uma posição sobre esta redução da presença norte-americana, que terá um forte impacto na economia dos Açores, já que representa 10% a 15% do PIB da região e os cortes podem tirar 30 a 40 milhões à economia açoriana.
Fonte: Jornal i
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