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Em 2014, o nosso Sistema Solar pode perder o planeta Marte, pelo menos, na forma como todos nos acostumámos a vê-lo. Segundo calcularam cientistas, o cometa C/2013 A1, com um diâmetro de 50 quilómetros, pode colidir com o planeta em meados do outono.
Tal pode levar a consequências imprevisíveis. O planeta vermelho pode abrir fendas, o eixo de Marte pode deslocar-se e em sua superfície pode aparecer água. Os habitantes do nosso planeta não precisam de se preocupar – tranquilizam os cientistas – a catástrofe não influirá de modo algum na Terra.
De acordo com os cálculos, o cometa C/2013 A1 aproximar-se-á da superfície de Marte a uma distância de 37 mil quilômetros em outubro de 2014. Estes dados são calculados e recalculados, mas chegam a uma conclusão: a probabilidade de colisão é muito grande. Os cientistas podem predizer o embate, mas é praticamente impossível calcular as suas consequências, diz Viktor Siniavski, consultor científico da corporação Energia:
“A colisão pode quebrar o planeta, mudar seu eixo, alterar o clima, as mais diversas coisas! O cometa possui grande quantidade de hidrogênio e, por isso, é difícil fazer prognósticos. A colisão, se acontecer, influenciará consideravelmente naquele planeta. Não duvido disso”.
Esta posição é apoiada pelo redator da revista Aviapanorama, Serguei Filipenkov. Na opinião do perito, em qualquer caso, o cometa causará prejuízos a Marte:
“Isso será perigoso para Marte. Primeiro, em resultado da colisão irá desprender-se uma grande quantidade de energia, correspondente a uma explosão termonuclear muito potente. Segundo, se o cometa for de gelo, a água contida no corpo celeste atingirá Marte. Uma vez que o planeta tem uma atmosfera muito rarefeita, esta água irá gelar imediatamente. É muito provável que a colisão deixe cicatrizes no planeta. Na superfície de Marte já existe um desfiladeiro de centenas de quilómetros de comprimento, produzido em resultado de uma colisão anterior com um asteroide potente e não com um cometa, tendo a atmosfera de Marte sido evaporizada na altura”.
Alguns cientistas calcularam que a próxima colisão poderá ser comparada a uma explosão de 20 biliões de quilotoneladas de TNT. Mas as distâncias espaciais são tão grandes que é pouco provável que os habitantes da Terra sintam as consequências deste acontecimento. Por isso, não há motivos para receios, não duvida Viktor Siniavski.
“Estes planetas não influenciam a Terra. O Sol exerce uma influência, a Lua também, provocando marés, mantendo o eixo, ou seja influencia positivamente a estabilização da Terra. Mas estes planetas não exercem qualquer influência. Não vejo razões de esperar que este acontecimento nos influencie de modo algum”.
O cometa C/2013 A1 foi descoberto em janeiro último pelo astrónomo amador australiano Robert McNaught. Segundo previsões de cientistas russos, o corpo celeste voará a uma distância de 105 mil quilómetros do centro de Marte a 19 de outubro de 2014.
Fonte: Voz da Rússia
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