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Os cientistas siberianos conseguiram um grande salto em biotecnologia. Eles cultivaram um tecido artificial que poderá substituir órgãos danificados, o que permitirá tratar uma grande quantidade de feridas e doenças, desde queimaduras a enfartes.
Os biólogos usaram na sua experiência as potencialidades das células estaminais.
O Instituto de Biologia Química e Medicina Fundamental de Novosibirsk trabalhou durante vários anos com as células estaminais. Era preciso criar um preparado capaz de substituir tecidos danificados dos vasos sanguíneos. Como resultado, os cientistas conseguiram criar próteses biossintéticas para substituição da aorta, o que é um verdadeiro sucesso.
As próteses sintéticas já são há muito tempo usadas na medicina moderna, incluindo na cardiologia. Já os órgãos e tecidos bioartificiais obtidos a partir de células vivas são uma novidade com grandes potencialidades.
Eram frequentes as complicações posteriores à inserção de órgãos de dadores transplantados e de implantes sintéticos. O organismo humano podia rejeitar os tecidos estranhos. O material bioartificial é muito mais facilmente aceite pelo organismo, especialmente se ele tiver sido criado a partir de células do próprio paciente. Assim, os riscos de complicações resultantes desses transplantes são reduzidos ao mínimo. Além disso, o organismo se adapta muito mais depressa a um implante proveniente de si próprio.
Há vários meses, os cientistas de Novosibirsk colocaram um implante bioartificial em um rato de laboratório. Desde então, o seu organismo ainda não demonstrou quaisquer alterações.
Os cientistas supõem que este tipo de próteses seja largamente utilizado já nos próximos anos. Será possível a criação de bancos de órgãos bioartificiais. Isso significa que, em perspectiva, o ser humano poderá "reparar" o seu corpo: substituir órgãos danificados por novos, criados a partir das suas próprias células. Isso também permitirá resolver muitos problemas da geriatria. O principal será o problema da crônica falta de órgãos provenientes de doadores perder a sua importância.
Fonte: Voz da Rússia
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