As crateras gémeas já tiveram água ou gelo no subssolo, tal como o planalto onde de localizam, na região de Thaumasia Planum, em Marte
ESA/DLR/FU Berlin (G. Neukum)
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São duas grandes crateras de impacto em Marte fotografadas pela nave europeia Mars Express, mas os misteriosos buracos no centro de cada uma foram provavelmente provocados por explosões no interior do planeta.
Grandes explosões no subssolo de Marte, provavelmente envolvendo gelo, estão na origem dos buracos no centro das crateras gémeas Arima, localizadas na região planáltica de Thaumasia Planum, em Marte.
As grandes crateras, com mais de 40 quilómetros de diâmetro, estão à distância de 50 quilómetros uma da outra e foram fotografadas pela nave Mars Express da Agência Espacial Europeia (ESA), organização a que Portugal pertence, estando localizadas a sul do Valles Marineris, o maior vale do Sistema Solar, que tem 4000 quilómetros de comprimento, 200 quilómetros de largura e 7000 metros de profundidade.
Os buracos no centro das crateras criadas pelo impacto de objetos vindos do espaço são frequentes em Marte e nas luas geladas de Júpiter e Saturno, mas a sua origem é ainda um mistério para a ciência.
Fusão do gelo do subsolo
Várias teorias têm sido avançadas para o desvendar. Uma delas defende que depois do impacto de um meteoro dá-se a fusão de rocha ou de gelo que são expulsos através de fraturas debaixo da cratera formada, dando origem a estes buracos.
Outra teoria diz que o gelo do subssolo é aquecido muito rapidamente com o impacto, evaporando-se numa explosão que se dá no centro da cratera, onde a maior parte da energia do impacto se concentrou.
A ESA sublinha que estas crateras "dão-nos janelas sobre o passado da superfície do planeta Marte", mostrando que a Thaumasia Planum já albergou no subssolo grandes quantidade de água ou de gelo.
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