sexta-feira, 12 de abril de 2013

Nasa planeia «ensacar» asteróide e rebocá-lo até à Lua

Nasa planeia «ensacar» asteróide e rebocá-lo até à Lua

Se a Nasa não vai à montanha, a montanha vai até à Nasa… A Casa Branca apresentou a sua proposta de orçamento para a agência espacial americana em 2014, com uma surpresa: a intenção de capturar um asteróide e levá-lo até à órbita da Lua para ser visitado por astronautas.

Parece uma ideia estranha, mas trata-se na verdade da solução mais simples para cumprir a promessa de Barack Obama de levar uma tripulação até um asteróide em 2025.

Isso porque a herança tecnológica do programa tripulado americano é o que restou do falecido Projecto Constellation, que, impulsionado pela administração Bush, levaria a humanidade de volta à Lua.

Daí a deixar de vez as redondezas da Terra para visitar um asteróide no seu «habitat natural» vai, literalmente, uma grande distância.

A solução alternativa agora proposta pela Nasa minimiza a exposição de astronautas à radiação cósmica, encurtando a viagem, e permite o uso das mesmas cápsulas antes projectadas para a ida à Lua.

Em 2014, a agência americana terá 105 milhões de dólares (de um orçamento total de 17,7 mil milhões) para investigar um plano concreto que possa trazer um asteróide até à órbita lunar.

Um estudo preliminar feito pelo Caltech (Instituto de Tecnologia da Califórnia) sugere que um vaivém não-tripulado poderia capturar um asteróide de 500 toneladas (7 m de diâmetro) num grande invólucro e então rebocá-lo pelo espaço, impulsionada por um motor iónico - que, contrariamente aos propulsores químicos tradicionais, é capaz de uma pequena taxa de aceleração, mas por longos períodos de tempo.

No total, o projecto custaria cerca de 2,6 mil milhões, distribuídos no orçamento até 2025, quando os astronautas fariam a sua visita, a bordo de uma cápsula Orion.

Segundo os especialistas, é possível.

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