Cientistas britânicos encontraram micróbios com quase 100 mil anos e novas formas de vida num lago da Antártida.
Num estudo publicado no jornal ‘Diversity’, as equipas de investigação da British Antarctic Survey e das universidades de Borthumbria e de Edimburgo mostram a descoberta de organismos num lago gelado da Antártida.
Supõe-se que durante a Idade do Gelo, o lago Hodgson estivesse coberto por mais de 400 metros de gelo. Mas com as alterações climáticas e o degelo, que é cada vez mais comum, atualmente apenas existe uma camada de três a quatro metros de gelo.
Os cientistas foram capazes de penetrar nessa camada e chegar ao fundo do lago, com cerca de 93 metros de profundidade, onde descobriram um ambiente nada propício ao desenvolvimento de vida. No entanto, eram vários os micróbios que sobreviviam a temperaturas negativas.
Segundo o estudo publicado, os primeiros organismos descobertos tinham cerca de mil anos, mas à medida que os britânicos chegavam ao fundo do lago Hodgson a idade das formas de vida ia aumentando. Os mais antigos datam de há quase 100 mil anos.
De todos os organismos encontrados, cerca de 20% das formas de vida são desconhecidas e muitas das espécies serão completamente novas para a ciência atual.
As conclusões do trabalho destes cientistas poderão levar a novas descobertas quanto à formação de vida em condições extremas e em isolamento do resto do nosso Planeta.
Fonte: Correio da Manhã
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