Protesto no Porto e em Lisboa juntou milhares de pessoas,que exigiram a demissão do Governo. Acção foi promovida pela Confederação-geral de Trabalhadores (CGTP-In) contra as políticas de austeridade.
O vice-primeiro-ministro, Paulo Portas, disse que o "direito de manifestação" está "consagrado" em democracia, mas lembrou que "os mais pobres" não se manifestam e "não aparecem na televisão".
"Este orçamento consagra aquilo que já estava previsto na 7ª avaliação, que é a convergência da Caixa Geral de Aposentações, mas ao mesmo tempo, aumenta as pensões mínimas sociais e rurais de um milhão de pessoas, que são aquelas que não aparecem na televisão, mas são as mais pobres", sublinhou nos Açores.
Paulo Portas reagia assim à manifestação de sábado em Lisboa, que concentrou em Alcântara milhares de pessoas, que exigiram a demissão do Governo, num protesto promovido pela Confederação-geral de Trabalhadores (CGTP-In) contra as políticas de austeridade.
O governante, que está de visita aos Açores como líder do CDS, para participar na tomada de posse no novo presidente da Câmara das Velas, Luís Silveira, um dos cinco autarcas do país eleitos pelo partido, entende, no entanto que, "em democracia o direito de manifestação é um direito consagrado".
No entender do governante, o Orçamento de Estado para 2014 "não tem a TSU das pensões" e "garante a contratualização das instituições sociais que fazem trabalho de proximidade junto dos idosos", mantendo uma "linha de justiça" que no seu entender, deve chegar "primeiro àqueles que menos têm".
A CGTP marcou para sábado uma jornada nacional de luta contra a exploração e o empobrecimento, que inclui manifestações no Porto e em Lisboa. O secretário-geral Arménio Carlos anunciou uma nova acção de protesto contra o Orçamento de Estado, a realizar no dia 1 de Novembro junto da Assembleia da República, em Lisboa.
Elogio aos "sinais de estabilidade"
O vice-primeiro-ministro elogiou os "sinais de estabilidade" revelados pelo Presidente da República, Cavaco Silva, a respeito do Orçamento do Estado para 2014.
"Para chegarmos à última etapa, precisamos de ter o Orçamento aprovado, por isso mesmo, todos os sinais de estabilidade, com a adequada leitura das funções constitucionais de cada um, parece-me defender o interesse nacional" disse o ministro de Estado, lembrando que Portugal "precisa" de ter o seu Orçamento aprovado e de "terminar o seu programa de ajustamento".
Portas entende que estas declarações do Presidente da República surgem em "linha de coerência", com as suas chamadas de atenção para a necessidade de Portugal terminar o programa de ajustamento, papel que o ministro do CDS/PP costuma chamar de "protectorado".
No seu entender, Portugal necessita de "recuperar a sua soberania e sua autonomia", considerando que "é isso que dolorosamente tem falhado, desde maio de 2011", altura em que o Governo de José Sócrates pediu apoio financeiro à Europa.
Fonte: Rádio Renascença
Opinião Pessoal: Este Gajo é um hipócrita, o Paulinho das feiras, quem te viu e quem te vê... Realmente a sede pelo poder era tanta, e agora tudo vale...
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